A ordem de serviço para o início das obras da tranposição do rio São Francisco já foi assinada pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. O Exército recebeu do ministério R$ 26 milhões para construir 6 quilômetros de construção de dois canais de aproximação do rio com estações de bombeamento. O dinheiro também será usado para construção de estradas de acesso a estações de bombeamento. Esse obra inicial será feita nos municípios de Floresta e Cabrobó, em Pernambuco.
O projeto completo de transposição prevê a construção dos canais na direção Leste, que levará água para Pernambuco e Paraíba, a partir da captação no lago da barragem de Itaparica e no sentido Norte, abastecendo o Ceará e o Rio Grande do Norte com a retirada sendo feita nas imediações da cidade de Cabrobó.
A transposição do rio São Francisco é uma das maiores obras previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de infra-estrutura hídrica. Os recursos previstos para o projeto são de cerca de R$ 4,9 bilhões. A previsão é que em quatro anos as obras estejam concluídas.
O ministério recebeu propostas de empresas interessadas em fazer consultoria e fiscalização da execução das obras e da aquisição e montagens de equipamentos. Hoje, 9, será a vez das empresas participantes da licitação da transposição do rio São Francisco enviarem as propostas para a realização das primeiras obras civis do projeto.
Os militares do Exército e os trabalhadores civis que poderão ser contratados para dar início às obras de transposição do Rio São Francisco participam, nas próximas segunda (14) e terça-feira (15), de um curso sobre questões ambientais.
Segundo o coordenador do Projeto de Integração do Rio São Francisco às Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, do Ministério da Integração Nacional, Rômulo Macedo, eles vão receber instruções sobre preservação ambiental, recuperação de áreas degradadas, desmatamento, saúde pública, comunicação com comunidades locais e recomendações do estudo de impacto ambiental.
Macedo explicou que o curso foi uma exigência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), quando liberou a licença de instalação, há cerca de dois meses. “Para que, quando as equipes forem para o campo, tenham plena consciência de como devem ser comportar”, enfatizou.
Fonte: Agência Brasil