Turistas reclamam de atendimento nos bares de Aracaju

Nunca se viu um número tão grande de turistas em Aracaju como na última estação. Pesquisas da Empresa Sergipana de Turismo (EMSETUR) mostram que eles gostam da limpeza das ruas, se surpreendem com a Orla de Atalaia e destacam a receptividade do sergipano. Mas ao falar do atendimento dos bares e restaurantes, o tom da conversa muda.

“É horrível, precisa melhorar bastante”, avalia a empresária baiana Ilma Netanel Dias, acompanhada dos também baianos Wagner e Leonéria, que reclamam mais precisamente dos estabelecimentos do Mercado. “O pessoal ainda é meio

Atendimento deve melhorar, diz turistas
fechado, e lá não aceitam cartão de crédito nem de débito. Gostamos de artesanato, mas levamos menos do que pretendíamos devido a isso”, contam.

Campeão da insatisfação

As queixas relacionadas a esses serviços podem ‘queimar’ um destino como Sergipe, considerado novo na rota turística de lazer. E isso já preocupa o presidente da EMSETUR, José Roberto Lima. “Quando falamos em turismo, englobamos várias coisas. Neste conjunto se uma ponta estraga acaba com todo o resto”, fala o presidente.

José Roberto, presidente da EMSETUR
O órgão que José Roberto comanda implantou, junto ao Governo do Estado, o ‘Sergipe de Braços Abertos’, programa destinado aos profissionais que lidam com turistas. Há dificuldades para implantar o projeto no setor de bares devido à resistência de membros da área. “O curso é gratuito, mas percebemos que garçons não manifestam interesse em participar e os patrões não os incentiva a isso”, diz.

Gerente de um estabelecimento situado na Passarela do Caranguejo, um dos pontos mais badalados de Aracaju, Cícero Alves acha que o desinteresse pode ser pelo atraso no envio de material. “Um programa como esse deveria nos ser passado em novembro, antes da alta estação. E ele veio bem depois”, argumenta.

Cícero gerencia bares há 17 anos
A Empresa Sergipana de Turismo (Emsetur) informou que todos os estabelecimentos gastronômicos, de hotelaria e locadoras de veículos de Aracaju foram convidados a inscrever seus funcionários no “Sergipe de Braços Abertos” desde setembro do ano passado. E até dezembro capacitaram mais de 300 pessoas, antes da chegada da alta temporada.

Cliente precisa falar

Questionado sobre o treinamento da equipe de garçons que gerencia, Cícero diz que todas as segundas-feiras há uma discussão sobre erros e acertos. Mas para que o atendimento nos bares da cidade melhore, ele alerta que o consumidor

Orla agrada, atendimento nem tanto
precisa registrar a insatisfação com o dono ou responsável pelo lugar. “Não adianta se irritar, pegar as coisas e ir embora”, diz.

Mas se os visitantes e aracajuanos acusam, os garçons se defendem. Zé Mário, por exemplo, fala que se irrita quando os fregueses querem humilhá-lo por causa da sua posição. “Ah, tem gente até que xinga se uma caipirinha demora, pegam

pesado mesmo. Não dá pra ficar sorrindo e tratando bem assim”, relata.

Taxa e demora

Cobrança de 10% irrita clientes
O Portal Infonet questionou alguns gerentes de bares na Orla e descobriu que o pagamento da taxa de 10% é o principal motivo do mal-estar entre cliente e garçom, seguido pela demora na entrega do pedido. Segundo os mais experientes, o número ideal de mesas para cada atendente é de seis. Quanto à taxa de 10%, vale a pena reforçar: o consumidor paga se quiser.

Por Glauco Vinícius e Aldaci de Souza

A matéria foi alterada às 10h48 para acréscimo de informações enviadas pela Emsetur

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