Uma denúncia sobre a convocação de terceirizados para serviços básicos, como limpeza e jardinagem, nas dependências do Campus São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe (UFS) foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação da UFS (Sintufs). A denúncia foi feita através de nota divulgada na segunda-feira,19.
De acordo com o Sintufs, as atividades presenciais estão suspensas na UFS desde abril de 2020 devido à pandemia da covid-19. Segundo as informações da nota, “Trabalhadoras e trabalhadores terceirizados, que possuem o vínculo mais precarizado entre todas as servidoras e servidores da universidade são as primeiras e os primeiros a serem queimados no fogo da injustiça”.
A entidade sindical defende que o retorno das atividades presenciais ocorra após a ampla vacinação, respeitando as condições de biossegurança e distanciamento. “Não aceitaremos que a UFS defina a vida de quem vale mais. O descaso com profissionais da saúde, residentes, TAEs, terceirizadas e terceirizados, não pode ser tolerado”, afirma a nota. Além disso, o sindicato também denuncia os constantes atrasos no pagamento dos salários dos cerca de 800 funcionários e funcionárias terceirizadas na instituição.
Com isso, o sindicato alega que mesmo com a divulgação feita no início desta semana pela própria universidade em relação aos resultados de testagens em massa para covid-19 no estado de Sergipe, que mostra que 68% dos testados e testadas entre fevereiro e março estavam na fase ativa da doença, num universo de 6.662 testes em 15 municípios sergipanos, a mesma universidade está realizando a convocação.
“Enquanto a UFS produz pesquisas que mostram a gravidade da situação, analisando os recordes de contaminação associados às novas variantes da doença, recomendando medidas restritivas de circulação e isolamento até que a vacinação seja efetiva, a mesma UFS, através de sua gestão, convoca, no momento mais crítico, todas as terceirizadas e os terceirizados de serviços básicos, como limpeza, manutenção e jardinagem, para retornarem ao trabalho presencial diário”, diz a nota.
UFS
A Universidade Federal de Sergipe (UFS) informou que os colaboradores que vêm trabalhando presencialmente atuam em áreas consideradas essenciais para a manutenção das atividades básicas e para a segurança da instituição.
A UFS disse também que apesar de estar em vigor a portaria nº 377 (2021/GR/UFS), que mantém as atividades acadêmicas presenciais suspensas e delibera sobre o ensino remoto emergencial, tem continuado suas atividades nas áreas de pesquisa, extensão e administração pública, com necessidade da manutenção do espaço da instituição para esse fim.
Ainda segundo a UFS, tais ações têm impacto direto em setores sociais e produtivos da comunidade Sergipana, incluindo entre elas, as pesquisas sobre o coronavírus no âmbito da saúde e da epidemiologia, que geram dados que subsidiam a tomada de decisões de setores governamentais.
Por Isabella Vieira e Verlane Estácio com informações do Sintufs
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