Durante a discussão, ficou definida a impressão, nesta primeira fase, de cinco mil cartazes e 30 mil folders. O material será distribuído em todo o Estado, principalmente em instituições de ensino e centros comerciais. Miriam Cardoso explicou as metas da campanha, que será bancada pelas duas Secretarias. “O objetivo é conscientizar as pessoas sobre o uso de piercings e tatuagens, principalmente no que diz respeito aos problemas de saúde advindos da aplicação dos mesmos”, informou a promotora que também admitiu que o que motivou a realização da campanha foi a grande incidência da prática entre o público infanto-juvenil. “Nos compete esclarecer os possíveis riscos que este tipo de procedimento, e que os locais onde eles são feitos, representam. Nós lidamos com um desconhecimento muito grande sobre o assunto. Claro que as pessoas são livres para usar, mas no caso de crianças e adolescentes, queremos que quando eles resolverem fazer algo assim, seja com a permissão expressa dos pais”, explica a promotora Conceição Figueiredo. Ela também destaca que toda esta discussão deve forçar a criação de mecanismos que exijam a salubridade dos ateliês de tatuagem e piercing, e a conseqüente fiscalização dos mesmos. Durante a reunião, também foi assinado um termo onde as Vigilâncias Sanitárias, do Estado e de Aracaju, se comprometeram a redigir uma portaria na qual serão discriminadas os parâmetros de funcionamento dos ateliês, bem como o exercício da profissão. “Esperamos que o documento estabeleça as prioridades e diretrizes da atividade. Por exemplo, foi sugerido aqui, em audiência, que se capacite minimamente as pessoas que estão prestando este tipo de serviço”, informa Miriam Cardoso.
No próximo dia 25, às 10h30, no prédio do Ministério Público do Estado de Sergipe, será lançada uma campanha de esclarecimento sobre os riscos que envolvem o uso de piercings e tatuagens, principalmente em crianças e adolescentes. A data foi anunciada hoje, em uma reunião realizada no órgão e que contou com as presenças das promotoras Miriam Teresa Cardoso e Maria Conceição Figueiredo, além de representantes das Secretarias de Saúde do Estado e do Município de Aracaju. O slogan que constará nas peças é: ‘Nem você imaginava que iria ficar tão diferente’. Grupo escolhe imagens que serão usadas na campanha
“Temos, aqui no MP, vários relatos de sobre problemas de saúde e de reações adversas provocadas pela colocação de piercings e tatuagens e, também, por medicações, prescritas por pessoas que não têm este poder”, revela a Miriam. A questão tem sido discutida pelo MP, e por representantes de vários setores, desde o início deste ano. A idéia de lançar uma campanha veio, segundo as promotoras, após a experiência positiva alcançada pela mesma estratégia na luta contra o uso de anabolizantes. Agora, o alvo é um pouco mais polêmico, pois o uso desses adereços passa pelo liberdade de escolha de quem decide usá-los. Miriam Cardoso: Campanha deve alertar sobre possíveis riscos
Comentários