Usuários temem entrada de doentes mentais nos terminais

População teme marginais que entram nos terminais de ônibus (Fotos: Portal Infonet) 

Os usuários de transporte coletivo de Aracaju têm enfrentado novas adversidades, além dos atrasos e insegurança. É cada dia mais comum encontrar moradores de rua e pessoas que apresentam doenças mentais nos terminais de integração. Essas pessoas deixam os passageiros receosos e amendontrados quando são abordados. Mas apesar da Prefeitura Municipal de Aracaju informar que disponibiliza serviços específicos para tratamento, o que se vê é um problema iminente.

Alguns desses pacientes se aproximam dos transeuntes para pedir de dinheiro ou comida, mas a população ainda teme a intimidação que acontece nos terminais. Nadjane Eleotério fala que procura não ficar em locais isolados no terminal. “É complicado, eles chegam pedindo e assusta um pouco. É difícil pra quem fica aqui. Eu procuro não ficar sozinha, pra não ser tão molestada”, explicou a auxiliar administrativa.

Muitos desses moradores que frequentam os terminais com certa regularidade e apresentam problemas mentais  já são conhecidos pelos usuários de ônibus. Uma senhora, que prefere não se identificar, fala que já foi violentamente atacada por um desses moradores de rua. “A gente se sente muito ameaçada porque não sabe quem são aquelas pessoas, porque agem daquela forma”, declarou.

Nadjane Eleotério procura não ficar sozinha nos terminais 

Usuários acreditam que a assistência deve partir da Prefeitura 

Crislayne Fernandes já passou por constrangimentos nos terminais 

Uma estudante, que também não se identificou, reclama da falta de fiscalização da entrada das pessoas nos terminais. “Aqui não tem luz, quem dirá fiscalização. Entra muita gente que não sabemos de onde vem. Muito difícil passar por essas situações, me sinto muito vulnerável”, disse a estudante.

A estudante Crislayne Fernandes explica de já apanhou de uma moradora de rua. “Ela claramente demonstrava que tinha algum problema mental. Ela me pediu dinheiro, eu não tinha para dar. Aí ela me deu um tapa no braço e eu fiquei bem assustada”, conta a garota.

Ela contionua, acrescentando que já presenciou outras situações. “Também já vi várias vezes uma moradora de rua sem roupa no terminal. É difícil! Não tem quem cuide dessas pessoas? A Prefeitura deveria dar uma assistência a essas pessoas”, completou Crislayne.

PMA

A Prefeitura Municipal de Aracaju, através da Secretaria da Família e da Assistência Social, informou que existem programas especializados para a parte da população que vive na rua.

Segundo nota, enviada pela Secretaria, foi informado que o município de Aracaju dispõe de um Centro de Referência Especializado para a população em situação de rua (Centro Pop), uma unidade da Proteção Social Especial de Média Complexidade.

Ainda de acordo com a nota, o local oferece serviços de Cadastro Único, abordagem social (que tem como intuito localizar as pessoas em situação de risco e sensibilizá-las para o direcionamento à unidade), higienização, garantia alimentar, encaminhamento para a retirada de documentação pessoal, endereço institucional de referência, encaminhamento para rede de serviços de acordo com as necessidades dos usuários (Saúde, Educação) e encaminhamento para unidades de acolhimento institucional.

O Centro também oferta almoço e jantar em um restaurante popular para as pessoas em situação de rua que são usuárias do serviço. No entanto, a Secretaria informa que o Centro Pop não tem poder de polícia, ou seja, não pode obrigar as pessoas a saírem das ruas. De acordo com a Secretaria, a unidade oferece orientação e auxílio para que as pessoas superem a situação de rua em que se encontram.

Por Helena Sader

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