Veado Catingueiro é vítima de caça ilegal no Agreste de Sergipe

Animal foi resgatado pela Adema, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito (Foto: Ascom/Adema)

A equipe da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) recebeu um chamado dos moradores do Agreste Sergipano para resgatar um Veado Catingueiro, que tem como nome científico, Mazama Gouazoubira, na Serra do Machado, povoado de Ribeirópolis. O animal é macho, com cerca de 10 kg e tem aproximadamente 1 ano de idade. Ele foi encontrado por populares e estava ferido, bem próximo a um rio da região.

A equipe do órgão ambiental do estado examinou o animal ainda na residência do morador que solicitou o resgate e realizou os procedimentos de primeiros socorros. Depois disso, o animal foi trazido a capital sergipana e encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres – Cetas, para tratamento, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu.

Segundo o zootecnista e professor da UFS, especialista em cervídeos, Elias Alberto Gutierrez Carnelossi, estes animais são muito sensíveis quando atacados. “Quando há ataques feitos por humanos e outros animais, além de demais estresses advindos da interação humana, é muito difícil tratar os cervídeos com sucesso porque eles são muito frágeis e tem uma taxa bastante pequena de recuperação a esses ataques”, explica.

A médica veterinária da Adema, Camila Dantas, responsável pelo resgate, explicou que foram feitas investigações para saber as causas da morte do animal, quando foi possível constatar que o veado havia sido atacado por cães de caça e pelos próprios caçadores. “Ele estava muito machucado nas regiões do pescoço, dorso e pelve, sendo esse um dos principais fatores do óbito do veado”, lamenta a veterinária.

Atualmente, os Veados Catingueiros vem sendo uma das principais vítimas da caça no estado. O diretor-presidente da Adema, Gilvan Dias, lembra que é crime esse tipo de ação. “Segundo o artigo 29, da lei 9.605 de 1998, matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão é crime, passivo de multa e detenção”, alerta.

A Adema endossa o artigo 29, que trata dessas proibições e esclarece à população que ao encontrar qualquer tipo de animal silvestre não tente manuseá-los ou abatê-los, sendo prudente entrar em contato com a equipe do órgão ambiental através do telefone (79) 3198-7190.

Fonte: ASN 

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