O deputado Venâncio Fonseca (PP) admitiu que o governador João Alves (PFL) vem sofrendo um bloqueio nos ministérios em Brasília para atrasar ou impedir a liberação de verbas federais. Tal constatação é, segundo ele, baseada em declaração do deputado Jackson Barreto (PTB), aliado do governo Lula, de que a ponte Aracaju-Barra só vai ser construída quando o prefeito Marcelo Déda (PT) for o governador de Sergipe. Fonseca exigiu mais responsabilidade dos políticos sergipanos, sejam do governo ou da oposição. “É preciso deixar os problemas pessoais de lado, esquecer a campanha eleitoral que passou e ajudar no desenvolvimento do Estado. Acho que é prejudicial à população qualquer tipo de manobra para retardar os trabalhos da ponte”. Além de falar sobre a urgência das obras, que é prioridade para expandir o turismo e aumentar a oferta de empregos no Estado, o deputado Venâncio Fonseca lembrou na sessão de hoje da AL que a ponte foi uma promessa de campanha e integra o projeto do atual governo. A seu ver, os caprichos políticos não devem interferir no andamento de um projeto de tanta importância social. “Pela manifestação do deputado aliado de Lula é possível imaginar a perseguição que o governador João Alves está sofrendo em Brasília”, avaliou Fonseca. A manifestação de Jackson Barreto serviu para mostrar, continuou o deputado, o nível de represália ao Estado de Sergipe, cuja população está pagando um alto preço pela derrota do candidato petista, José Eduardo Dutra. COMENTÁRIO POLÍTICO – O deputado Fabiano Oliveira (PTB) afirmou que o presidente do partido, Jackson Barreto, não tem o poder de impedir a construção da ponte Aracaju-Barra. Oliveira minimizou a posição de Jackson – duvidando que a obra será executada no governo João Alves – dizendo que não passa de um “comentário político”. “Acho que foge a esfera de Jackson Barreto o poder de obstruir a construção da ponte. Ele fez, apenas, um comentário pessoal, respaldado no mandato que lhe foi outorgado pelo povo, mas não significa a posição oficial do PTB”, disse. Fabiano Oliveira acrescentou que a orientação do partido em relação à ponte Aracaju-Barra foi clara. Quando o projeto foi remetido à Assembléia Legislativa pedindo o empréstimo para sua construção, a bancada do PTB votou pela aprovação. Uma restrição feita à obra é a inexistência do Plano Diretor da Barra dos Coqueiros, contemplando a infra-estrutura do balneário turístico da Atalaia Nova. Ainda que Barreto quisesse, Fabiano assegurou que o Governo federal não poderia interferir na realização da ponte pelo Governo de Sergipe. “Acho que se trata de uma obra sob a jurisdição do Estado. É um caso diferente da ponte entre Mosqueiro e Caueira, aprovada pelo Prodetur, que foi incluída no Orçamento da União e contará com verbas federais. O deputado explicou que a prioridade dada à ponte Mosqueiro-Caueira deveu-se ao término da Linha Verde entre Aracaju e Salvador. No final do governo Albano Franco, lembrou Fabiano, o presidente do BID, Henrique Iglesias, sobrevoou toda a região e constatou a necessidade da ponte no litoral Sul, para eliminar a travessia por balsas. Participe da enquete do canal POLÍTICA & ECONOMIA: “Você acha que a oposição ao governo do Estado está atrapalhando a construção da ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros?”
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