Vendas em baixa e falta de estrutura no Mercado

Falta menos de uma semana para a Sexta-Feira da Paixão e as vendas no setor de pescados do Mercado Municipal Albano Franco não decolaram. Feirantes alegam que concorrência e falta de estrutura são os principais fatores para o comércio fraco, inclusive em relação ao ano passado.

Mesmo com as vendas em baixa ainda existem vendedores que esperam uma procura melhor a partir desta quarta-feira, 4. “A expectativa é para amanhã. Se amanhã não melhorar acabou”, prevê a comerciante Maria dos Santos, que explica que não são os preços que diminuíram a procura, porque os aumentos foram insignificantes, de R$1 a R$ 2.

Outras feirantes acreditam que a concorrência com supermercados e feiras livres é o motivo pelo qual se tem pouco movimento de consumidores nos corredores do setor de pescados. Não apenas os peixes mais caros, como pescada amarela e vermelha, mas cação e até os camarões estão sendo pouco procurados. “O povo corre mais para mercadinho por causa dos cartões”, explica a vendedora Maria de Fátima dos Santos.

 

Elisângela da Silva, feirante, apresenta outro motivo para as baixas vendas. Ela diz que as feiras livres têm alcançado o consumidor, que antes vinha até o Mercado. “Ninguém deixa de comprar uma mercadoria na porta de sua casa”, diz, lembrando que o produto é o mesmo, o que implica de fato é a conservação da mercadoria.

 

Rosângela da Costa Lopes
Para a vendedora de peixes Rosângela da Costa Lopes o que realmente tem implicado na diminuição das vendas principalmente no período de Semana Santa, momento de grande procura por pescados, é a falta de estrutura que o setor vem enfrentando ao longo dos últimos oito anos. “É o povo com medo de vir aqui”, diz Rosângela.

 

Ministério Público

 

Na manhã  desta terça-feira uma comissão formada por vendedores do Mercado Municipal Albano Franco foi ao Ministério Público e ,em audiência com a promotora Cláudia Calmon, apresentou o fato ocorrido na última sexta-feira, 30.

 

Uma vendedora do setor de pescados, identificada como Creuza, desmaiou no local após receber um choque causado por um curto-circuito provocado pelas más condições das instalações elétricas no local.

 

corredores com água empoçada
Ficou determinado que até o dia 5 de maio a Empresa de Serviços Urbanos (Emsurb), responsável pelo Mercado, deveria apresentar um projeto de reforma do espaço, além um providenciar um local para deslocamento de todo setor e que o abrigasse durante o período de reforma. “Queremos que coloque a gente em outro local e reforme o setor de trabalho da gente”, explica Rosângela da Costa Lopes.

 

Outros Problemas

 

Outro problema enfrentado pelos feirantes é o abuso de poder dos fiscais que, em nome do diretor do Mercado, mencionado como Joselito pelos feirantes, ameaçam os trabalhadores.

 

Uma situação que vem acontecendo é a cobrança de uma taxa no valor de R$ 5 para que o Mercado funcione na sexta-feira, 6. “Se a gente não pagar R$ 5 ao fiscal eles não vão abrir e, se abrir, o feirante que não pagou não vai entrar”, denuncia a situação Lopes.

 

Além da cobrança da taxa para a abertura do espaço na próxima sexta-feira, há reclamações quanto ao tratamento dos fiscais com os vendedores, e uma forte ameaça para cumprimento de horários, independente da época de vendas como a Semana Santa.

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