Vice-prefeita de Aracaju discute projeto de acolhimento a ex-detentas

A vice-prefeita de Aracaju, Katarina Feitoza, se reuniu com o secretário de Estado da Justiça, Cristiano Barreto,(Foto: Jamisson Souza)

A vice-prefeita de Aracaju, Katarina Feitoza, se reuniu, na manhã desta segunda-feira, 26, com o secretário de Estado da Justiça, Cristiano Barreto, para discutir formas de acolher e reintegrar mulheres egressas do sistema prisional.

“Diante da situação difícil dessas mulheres, viemos debater sobre o que podemos fazer, no âmbito do Município, para acolher e garantir oportunidades de mudança de vida para essas ex-detentas”, explica Katarina.

Isso porque, para ela, o Município oferta diversos serviços, a exemplo de cursos profissionalizantes e programas de assistência, que podem ajudá-las a se reinserir na sociedade. “A ideia é somar esforços para que haja maior comunicação entre a Secretaria e a Prefeitura, o que já melhoraria a formulação de projetos e de políticas públicas”, ressalta a vice-prefeita.

Katarina, que é delegada e atuou por muitos anos na segurança pública, acredita que os sistemas judiciário e público precisam caminhar juntos nesses sentido para melhor funcionarem e poderem, de fato, garantir os direitos dessas mulheres.

“Por isso é tão importante termos mulheres em locais de decisão e homens sensíveis à causa, pois se há dificuldades para mim, para cada mulher com mais oportunidades, imagine para uma mulher egressa do sistema prisional”, acrescenta.

Os dados da Secretaria de Estado da Justiça apontam que a maioria das presas foi envolvida em tráfico de drogas, geralmente obrigadas por seus maridos. “Tudo isso gera uma desagregação familiar, que, além de um custo financeiro alto, também implica num custo social ainda maior”, argumenta.

Parceria

A equipe da Vice-Prefeitura, em parceria com representantes da Secretaria Municipal da Assistência Social, já visitou o presídio feminino para obter informações e poder traçar o perfil das detentas. As informações serão o norte do projeto e embasarão as possibilidades de reinserção.

Após a conclusão do levantamento, o projeto terá continuidade. Mas, de acordo com Cristiano Barreto, já tem todo o apoio da Secretaria. “Vejo como uma parceria muito importante, pois precisamos de iniciativas como essa. E no que depender de nós, vamos fazer”, assegura o secretário.

Ele destaca que a iniciativa traz esperança de dias melhores para o presídio feminino. “O acolhimento das presas ao saírem é uma situação extremamente necessária para evitar, inclusive, a reincidência e o retorno delas para a unidade prisional”, reitera Cristiano Barreto.

Katarina concorda. E vê o empoderamento, que passa também pela independência financeira, como uma das possibilidades a serem abordadas. “Nós temos, através da Fundat, a oferta de cursos gratuitos em diversas áreas, e vamos usá-los para dar a essas mulheres uma profissão e, claro, uma renda, para que não se sintam mais subjugadas e obrigadas a praticarem delitos”, reforça.

Fonte: AAN

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