A atriz Viétia Rocha, esteve agora há pouco visitando a sede da InfoNet, onde concedeu entrevista exclusiva. Viétia, que já fez um papel de destaque em novela do SBT – “Amor e ódio” e fez participação especial em “Um Anjo caiu do Céu”, na rede Globo, além de peças teatrais e cinema, está agora desenvolvendo pesquisas junto a uma oficina de teatro, que ainda não tem nome, e traz para Aracaju, uma prática Oficina de Interpretação, que acontece de 10 a 19 de julho, no Espaço Cultural Yázigi Internexus, às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre das 14 horas às 17 horas e das 18 horas às 21 horas. A oficina conta com um mínimo de 10 e um máximo de 20 vagas e custa R$ 60,00. A idade mínima é de 14 anos. Maiores informações pelo telefone 214-1021 ou via e-mail. Confira agora entrevista completa. Por Neila Santana INFONET – O que você está desenvolvendo no Rio? Que trabalhos você trouxe para mostrar em Aracaju? VIÉTIA ROCHA – Estou numa fase lá no Rio de Janeiro com um grupo de pessoas que também foram formadas pela Unicamp e montamos um espetáculo que está em cartaz no Sesc Belenzinho em São Paulo. Eu fiz a preparação corporal, fazia como atriz, saí para fazer a novela do SBT, mas voltei prestes à estréia do espetáculo e fiz a assistência de direção e preparação, enfim, participei de todo processo inicial na preparação desse espetáculo. Foi uma pesquisa de linguagem que a gente fez, uma pesquisa de expressão no teatro, a gente quer formar uma companhia de repertório e de pesquisa em cima de teatro e linguagem. Da minha parte, entro com toda preparação corporal dos atores. I N – O que a Oficina nos traz de novidade? V R – Para este curso que estou dando aqui, estou trazendo muito dessa última experiência que tive com a companhia de teatro que estamos estruturando. Muito do curso, da maneira como pensei, vem desse trabalho que estou desenvolvendo com essas pessoas, um trabalho específico de criação, improvisação para teatro. No final, vamos transformar o que foi trabalhado em teatro para uma linguagem em vídeo para dar o que é a dimensão do teatro realista, que é feito em televisão um outro tipo de interpretação mais cotidiana. I N – E qual o nome dessa companhia? V R – A gente não colocou nome ainda. Nos chamamos de núcleo, mas a gente não tem ainda porque ficamos em dúvida se faria um elenco porque núcleo é composto de 4 pessoas, mas o elenco tem mais pessoas convidadas, porque são muitos personagens. A gente não criou essa dinâmica com um nome de companhia. A gente está estruturando isso agora, porém esse trabalho já existe há mais de um ano – a pesquisa para este trabalho e a reta final já foram esses últimos 6 meses. É um trabalho que vem com pesquisa de texto, o que se vai contar. O próprio texto foi feito pelo diretor com um grupo de estudos. A gente está buscando um espaço para termos um endereço e uma sociedade onde vamos efetivar este trabalho e termos através do nosso nome, nossa identidade. I N – De que município sergipano você é natural? E qual a fórmula para este sucesso na sua carreira? V R – Sou daqui mesmo, de Aracaju. Eu ainda não caracterizaria isso como sucesso. Eu me considero uma pessoa que trabalha muito. Sou muito dedicada e rigorosa. Conquistei muitas coisas, sim, conquistei mercado de trabalho, principalmente em São Paulo, mas acho que o segredo é determinação. Você querer fazer e tentar realizar as coisas que você imagina. Se é que tem algum segredo, eu imagino que seja isso porque é a maneira como eu trabalho. Eu me considero uma pessoa batalhadora, sei como é duro fazer uma carreira de ator, principalmente que começa por São Paulo, onde as pessoas começam no teatro, eventualmente com algumas investidas no cinema. Já no Rio, se começa pela televisão, porque o Rio vive disso. São Paulo tem outra cultura, é outro meio. Os atores de São Paulo vivem publicidade e trabalham com teatro. Tem atores que são reconhecidos pelo teatro e não são artistas de televisão, coisa que no Rio de Janeiro não tem muito. Eu tenho realizações, que sou muito grata e posso até me orgulhar, mas estou ainda buscando essa formula para o sucesso. I N – Qual a maior dificuldade enfrentada aqui? V R – A dificuldade é buscar espaço, porque este é um trabalho de formiguinha. Ou você dá uma sorte, com trabalhos que se seguem de outros, onde se fica um ano trabalhando, ou você corre atrás. As dificuldades estão em conquistar o espaço aos poucos, é dizer a cara que se tem no mercado, mostrar seus projetos. Eu sou uma fazedora de teatro e não mais uma carinha. I N – Este é seu primeiro projeto desenvolvido aqui. Qual a sua expectativa quanto a isso? V R – Sim, este projeto tem a minha mão, um caráter próprio, é uma pesquisa que estou fazendo. Já desenvolvi este trabalho no meu grupo, onde faço toda parte de improviso, ações, gestos do personagem, pesquisa do corpo do ator. Este é um tubo de ensaio para este espaço que a gente quer abrir, que a gente quer tanto dar oficinas quanto receber oficinas. Nunca trabalhei aqui. I N – E como nasceu esta paixão pelas artes cênicas V R – Comecei quando criança. Fazia peças com as crianças do bairro e obrigava os pais a assistirem. Montava as historinhas e obrigava as crianças a fazerem… Fui desenvolvendo e buscando meu caminho. I N – Quais as maiores dificuldades encontradas no cinema? V R – ainda hoje, mesmo com a quantidade de cinema, de produção, que aumentou bastante, é pouco perto do número de profissionais que trabalham no mercado. A maioria dos atores abre mão do cachê para estar no cinema, na grande tela, porque o cinema é uma grande arte e, mesmo que tenha pessoas que façam trabalhos belíssimos na televisão, tem muito pouco. A dificuldade é pela falta de por em cinema para que a gente possa fazer um filme atriz do outro. I N – Fale um pouco dessa paixão pela Sétima Arte. V R – O cinema tem esse gostinho: ele demora, você faz e um ano depois ele é mostrado. É uma coisa artesanal que junta todo mundo numa experiência e depois vai cada um vai para seu canto. A telona me fascina. Eu tenho até vontade, de mais para frente, roteirizar, trabalhar mais para tentar compreender mais por trás das câmeras, porque hoje parece que está ficando mais fácil por causa do cinema digital. Essa tecnologia está facilitando mais a nossa vida. E, mesmo sendo mais fácil, ainda é muito pequenininho, o espaço para a gente. Eu só fiz dois filmes. Mas eu gosto mesmo é de variar. I N – E suas experiências com a televisão? V R – Gostei muito de fazer televisão. Não imaginei que fosse me divertir tanto fazendo televisão quanto me diverti. Porque foi um personagem grande, vilã e a responsabilidade era em cima da personagem. Já entrei com uma responsabilidade muito grande e gostei muito. Estou no Rio de Janeiro para isso, para batalhar e fazer lá, agora, porque tem muito mais recursos e tecnologia. Estou batalhando cinema e televisão também. A novela é muito legal porque dá uma agilidade ao ator, que ele tem que resolver o assunto na hora e, em teatro, você ensaia meses, então cada um se complementa. I N – Por que fazer a Oficina de Interpretação? V R – Quem já faz teatro, vai ter a oportunidade de fazer um troca-troca com uma pessoa que vive em outro lugar e que está em um mercado grande, em dois grandes pólos de trabalho. Vamos trocar figurinhas. Eu tenho muito interesse que essas pessoas da classe compareçam, muito. Porque eu gostaria de saber o que se faz aqui e expor o que se está fazendo lá. E quem não faz vai ter a possibilidade de mergulhar um pouco mais nesse processo de criação doa ator. Eu gosto dessa variedade. Essa mistura, para o trabalho que estou fazendo vai possibilitar a todos uma grande troca de experiências. Eu gostaria que as pessoas viessem de coração aberto e com uma disponibilidade para trabalhar. Quem está a fim de dar um mergulho, a piscina é funda, dá para nadar!
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