Sindvilante pretende realizar manifestação na porta da Fundação Renascer nesta terça, 29 (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
Mesmo com o pagamento da última parcela do 13º salário feito nesta segunda, 28, os vigilantes terceirizados que prestam serviço à Fundação Renascer, em Aracaju, permanecem de braços cruzados. Com isso, fica prejudicada a segurança no Centro de Atendimento ao Menor (Cenam), Unidade Socioeducativa de Internamento Provisório (Usip), sede administrativa da Fundação Renascer e Abrigo Feminino.
A greve da categoria se dá por causa do não pagamento dos salários de cerca de 80 vigilantes da empresa Brava, referentes ao mês de novembro. Em protesto, eles pretendem realizar na manhã desta terça-feira, 29, uma manifestação em frente à Fundação Renascer, no conjunto Médici. “Deixamos claro que só retornaríamos às atividades com o pagamento do salário de novembro porque somente a parcela do 13º não dá para suprir nossas necessidades”, informa o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado de Sergipe (Sindvigilante), Hélio Rocha.
“A direção da Brava alega que está atrasando os salários da classe porque a Fundação Renascer também não está pagando a empresa”, explica. No Cenam, os vigilantes são responsáveis pela vigilância na portaria e monitoramento das câmeras internas da unidade socioeducativa. “É a gente que aciona os agentes de medidas socioeducativas quando há algum movimento estranho dentro do Cenam”, diz.
Hélio Rocha denuncia ainda que a Fundação Renascer está contratando de forma clandestina vigilantes da Bahia. “Esse fim de semana chegou um de mala e tudo no cenam. São vigilantes que não tem curso, nem a carteira profissional. Já levamos esse caso para a Delegacia Especializada em Segurança Privada [Delesp] e vamos levar ao Ministério Público do Trabalho”, afirma.
Fundação Renascer
O assessor de comunicação da Fundação Renascer, Milton Alves Junior, rebate essa informação e informa que tanto o Ministério Público Estadual (MPE), quanto o MPT estão cientes da contratação dos vigilantes baianos. “Não é nada clandestino. Eles são vigilantes terceirizados pela empresa IAC. O MPE e o MPT têm acompanhado isso. O que não entendo é que desde o mês de março esses vigilantes estão trabalhando e somente agora o Sindvigilante vem reclamar”, diz.
De acordo com Milton Junior, ao todo há 30 vigilantes contratados através da empresa IAC. “Desses, 12 são sergipanos e 18 são baianos”, afirma. Quanto ao atraso dos pagamentos dos salários de novembro dos vigilantes da empresa Brava, Milton Junior também dá uma explicação.
“O pagamento dos vigilantes é entre a empresa e eles. No contrato da Fundação Renascer com a Brava há uma cláusula que diz que caso aconteça de a Fundação atrasar num prazo de 90 dias o repasse de recursos, a Brava tem que assumir o pagamento dos vigilantes. E a Brava está cumprindo isso”, explica, acrescentando que a Fundação Renascer não está repassando recursos para a Brava porque também está sem receber do governo do Estado.
Mesmo assim, ele garante que a empresa Brava permanece cumprindo com sua obrigação e que nem todos os vigilantes aderiram ao movimento grevista. “O sindicato diz que estão em greve, mas muitos vigilantes estão trabalhando normalmente, inclusive na sede da Fundação Renascer. E nesta segunda, 28, pedimos que mandassem um vigilante para o Cenam, e a Brava enviou de imediato”, informa.
Por Moema Lopes
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