Vigilantes suspendem atividades por falta de pagamento

Vigilantes da Fundação Renascer se mobilizam na porte do Cenam (Fotos: Portal Infonet)

Os vigilantes patrimoniais contratados pela empresa Brava, que atuam nas unidades gerenciadas pela Fundação Renascer, estão com suas atividades suspensas desde o final da tarde desta quarta-feira, 16. A informação do Sindicato dos Vigilantes de Sergipe (Sindivigilante) é que houve atraso de 15 dias no pagamento de salário e de ticket alimentação.

Segundo o assessor do Sindivigilante, Hélio Rocha, a primeira parcela do décimo terceiro salário desses trabalhadores, que totalizam 100 profissionais por parte da Fundação, também não foi depositada.

“Durante cinco vezes recorremos à Fundação Renascer e nenhuma providência foi tomada até agora em prol dos trabalhadores. A empresa Brava alega que não recebe pagamentos há quase três meses e a presidência da Fundação confirma débito. Diante de vários descumprimentos relacionados a pagamentos, resolvemos paralisar até que o respectivo depósito seja feito”, afirmou Hélio.

Resgate

Hélio Rocha garante que paralisação só acabará após depósito em conta

Hélio Rocha ainda ressalta que há suspeita de uma ação de resgate de um dos internos do Centro de Atendimento ao Menor (Cenam) e com a paralisação de 30 vigilantes patrimoniais nessa unidade os agentes locais acabam correndo riscos.

“Fomos informados ontem sobre a suspeita desse resgate, por isso, depois de pedido feito pela própria Fundação Renascer pela não paralisação dos vigilantes, lançamos o prazo para resolução dos impasses financeiros até às 17h. Ainda por volta das 14h realizamos varredura no local, em busca de possíveis armas e celulares que poderiam ser usados para facilitar a fuga do menor de idade”, acrescentou Hélio.

Os vigilantes da empresa Brava realizam o monitoramento das câmeras que dão acesso às alas, aos corredores, que acionam os agentes na hora da fuga e que atuam na portaria. Para o vigilante Wellington Elias Alcântara, além de impasses financeiros, a desvalorização profissional acaba se tornando outra problemática.

“Tenho dois filhos e além de ter que enfrentar atraso salarial presto auxílio aos agentes, profissionais que devem atuar mais diretamente em casos de rebeliões, por exemplo, mas não é o que acontece no Cenam. Como vigilantes, acabamos nos expondo além do que é atribuído aos nossos afazeres”, desabafou Alcântara.

Brava

Wellington Elias também anseia por valorização profissional

Segundo o diretor da Brava Segurança, Claudio Melo, o débito da Fundação Renascer para com a empresa está orçado em R$ 900 mil, referente aos quase três meses de atraso de pagamento. Melo ainda ressalta que esteve em reunião esta manhã com o presidente da Fundação, Wellington Mangueira, e que o mesmo apontou para a dependência de repasse financeiro por parte da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), que se mostrou não responsável pela questão.

A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Fundação Renascer, que garantiu efetivar o pagamento à empresa Brava, referente a dois meses e meio de atraso, assim que receber repasses da Sefaz. Ressalta ainda que o contrato mantido entre a Brava e a Fundação Renascer inviabiliza a paralisação de atividades por atrasos de pagamentos por até três meses, estando os vigilantes passíveis de paralisação após 91 dias de atraso. Garante, inclusive, que as atividades nas unidades gerenciadas pela Fundação Renascer seguem dentro da normalidade.

Por Nubia Santana 

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