Vigília contra transposição começa segunda-feira

Quem é contra a transposição do rio São Francisco está sendo chamado, por várias entidades, a participar de uma série de manifestações, que terão início nessa segunda-feira, dia 3, em Aracaju. Uma delas será na porta da sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), na avenida Ivo do Prado, a partir das 9 horas.

 

A vigília acontece em solidariedade ao Frei Luiz Flávio Cáppio, bispo diocesano da Barra (BA). Desde o último 26, ele iniciou uma greve de fome contra a transposição do São Francisco na pequena capela próxima do Rio e da cidade de Cabrobó (PE), região na qual o governo pretende construir uma das tomadas de água para o projeto.

Os organizadores da vigília pedem ainda que todas as pessoas contrárias ao projeto
de transposição do Rio São Francisco pendurem lenços brancos nas janelas
ou portas de suas residências, além de se somarem à vigília em frente ao
Ibama. A deputada estadual Ana Lúcia e o vereador Iran Barbosa, ambos do PT, farão parte da vigília ao Frei Luiz Cáppio.

 

REUNIÃO – A deputada Ana Lúcia participou, na manhã de ontem, da primeira reunião da Câmara Consultiva da Bacia Hidrográfica do São Francisco, realizada no
município de Brejo Grande. O evento contou com a participação do prefeito do
município, Carlos Augusto, e do secretário executivo do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio São Francisco, Luiz Carlos Fontes.

 

A vigília de segunda-feira foi uma das deliberações da reunião. “Estamos nos empenhando em um grande movimento para mobilizar as pessoas contrárias à transposição para se somarem numa grande mobilização em solidariedade a frei Luiz e para mostrar o grande equívoco que representa essa transposição”, frisou Ana Lúcia.

 

DOCUMENTO – Já a Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT/SE), aproveitou a visita do ministro do Trabalho e Emprego, Luis Marinho, ontem a Aracaju, e entregou ao mesmo um documento ao mesmo pedindo a intervenção dele, junto ao presidente Lula, nas obras de transposição.

 

“Apesar dos diversos protestos expedidos por diversas entidades da sociedade civil contra o polêmico e conflituoso projeto de transposição das águas do rio São Francisco, o governo federal teima em prosseguir com esse projeto, que ao contrário do discurso oficial, não significa água para a população que mais sofre com as estiagens, nem onde ela mais sofre”, dizia um trecho da carta.

 

O documento falou ainda sobre a greve de fome do frei e pediu que o governo federal reveja a decisão de levar a cabo o projeto da transposição do São Francisco. A CUT defende ainda que seja priorizado o projeto de revitalização da área, dentro de um contexto amplo e criterioso do  programa de desenvolvimento sustentável da Bacia do Rio São Francisco e do semi-árido brasileiro.

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