Violência entre adolescentes nos shoppings é discutida no Ministério Público Estadual

Adolescentes ouvem conselheiros e promotor
Com base em imagens de brigas entre adolescentes fornecidas ao Ministério Público Estadual (MPE) por um dos Shoppings da cidade, uma audiência foi realizada na manhã desta terça-feira, 30, para discutir a situação com os pais dos jovens envolvidos. Também participaram da reunião o Conselho Tutelar Municipal, o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente.

Um dos pais presentes argumentou que dava toda a orientação necessária a seu filho e mesmo assim ele, o pai, não tinha conhecimento das brigas em que o filho participou dentro do shopping. “Vocês tem todos os direitos hoje que há 30 anos nós não tínhamos. E mesmo assim vocês não assumem responsabilidades, se agridem, brigam por qualquer motivo”, disse aos adolescentes presentes.

Para conselho tutelar prevenção é o caminho 
Já uma das mães afirmou que seu filho se envolveu em brigas há cerca de um ano. “Meu filho chegou um dia em casa depois de ser agredido por outros adolescentes, eu não gostei disso. Outro dia a polícia abordou e ele foi parar na delegacia, é um absurdo. Eu como cidadã e mãe quero o direito de freqüentar o shopping sem ter esse tipo de problema”, desabafou.

O conselheiro Tutelar Municipal do 3º distrito, João Pereira Gomes, falou que é necessário tomar medidas preventivas. ”O MPE há muito tempo vem pedindo essas medidas no Shopping como ter uma área do conselho dentro do shopping. Além disso, é necessário é estender o horário de trabalho do conselho que hoje funciona até as 18 horas, a maioria desse tipo de ocorrência nos shoppings acontece no período da noite”, informou.

Promotor afirmou que brigas são marcadas pela internet

Para o promotor de Justiça Deijaniro Jonas Filho, essas brigas muitas vezes são marcadas pela internet, mas existe vínculo com torcidas organizadas. “O shopping não tem conhecimento disso, pois é tudo feito pela internet. Ouvimos de alguns meninos a notícia de agressão, esse tipo de comportamento precisa ser freado. Todos os órgãos responsáveis precisam tomar medidas para evitar a repetição do caso, por isso estamos nos antecipando para evitar novos conflitos. Essa audiência não termina aqui, teremos uma segunda audiência, até porque oito famílias convocadas não compareceram”, contou.

Por Bruno antunes

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