Os recentes casos de pedofilia em Sergipe têm colocado à tona a questão da segurança de crianças e adolescentes no Estado. Somente no município de Itabaiana, a 58km de Aracaju, foram registrados 50 casos de estupro a menores em 2010. De acordo com a delegada da cidade Juliana Alcoforado, pais e responsáveis devem ficar atentos. Pais devem ficar atentos ao comportamento dos filhos (Fotos: Arquivo Infonet)
Segundo ela, possíveis lesões inexplicadas e até mudanças de comportamento podem indicar que a criança possa estar sofrendo aliciamento. “Em um caso recente, aonde uma criança chegou em casa com dinheiro, dado por um pedófilo que o estuprava, ficou fácil de perceber que havia algo de errado”, aponta. O menino tinha quatro anos, e também teve a ruptura do ânus devido ao estupro.
Ela também lembrou outro crime, no qual uma menina de 10 anos era estuprada pelo próprio pai. “Nesse caso, a menina começou a se tornar agressiva e a falar palavrões no colégio, sendo percebido por sua professora. Este tipo de mudança repentina de comportamento deve ter a atenção dos pais”, indica a delegada.
Ela relata que as meninas são alvos preferidos dos pedófilos. “Apesar disso, temos percebido que os crimes feitos em meninos estão sendo recorrentes”, afirma.
Perfil
Segundo a delegada, nos casos identificados em Itabaiana, não foi traçado um perfil particular dos pedófilos presos. “Muitos deles são pessoas completamente normais, sem apresentar atitudes suspeitas. Não conseguimos encontrar um padrão único, mas sim perfis diversos dos acusados”, ressalta.
Denúncias
A delegada Juliana explica que nos últimos três anos tem-se aumentando o número de denúncias relacionadas aos crimes de estupro e pedofilia na cidade. “Constatamos um aumento estúpido de denúncias em Itabaiana neste ano em comparação há dois anos. Isso indica que as pessoas estão confiando mais nas respostas rápidas que a polícia vem oferecendo”, salienta. Delegada Juliana diz que as vítimas não são expostas na delegacia
Segundo ela, nas primeiras suspeitas de crime de estupro ou ações semelhantes, os responsáveis devem encaminhar imediatamente as vítimas para a delegacia. “Isso é importante, pois podemos encontrar vestígios determinantes como esperma, por exemplo, para que seja comprovado o crime através de exames médicos”, observa.
Ela recomenda que neste tipo de situação, os pais ou responsáveis não dêem banho nas vítimas, nem joguem ou lavem as vestimentas das envolvidos. “Todo esse material será encaminhado para análises, sendo consideradas importantes provas. É interessante salientar que não acontece a exposição da vítima”, relata.
Cuidados
Observar o comportamento dos filhos e sempre manter diálogos é uma das maneiras de se evitar a ação de estupradores e descobrir possíveis problemas despercebidos, diz a delegada. “Qualquer sinal diferente, lesões e ferimentos, indícios de contato físico em crianças podem significar sérios problemas com esses menores. Então, pais e até professores devem estar atentos a todas essas questões para também garantir a seguranças das crianças”, adverte a delegada Juliana.
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