Viúva é suspeita na morte de procurador aposentado

Antônio de Melo Araújo foi atropelado no dia 6 de abril (Foto: Arquivo Infonet)

A víuva do ex-procurador do Estado e ex-delegado, Antônio de Melo Araújo, 63, e mais quatro pessoas foram presos pela polícia sergipana nesta segunda-feira, 11, como articuladores na morte do aposentado atropelado no dia 6 de abril deste ano.

O caso foi investigado pela delegada de Delitos e Trânsito, Daniela Barreto, e durou quatro meses de investigação. Foram decretados cinco mandados de prisão para os suspeitos sendo Anoilza Santos Gama Melo de Araújo [viúva de Antônio] e suposta mentora do crime, Gabriel Ernesto Nogueira de Oliveira [namorado de uma das filhas de Anoilza], Manoel Nogueira Neto [pai de Gabriel Ernesto], Gabriela Figueiredo Guedes [colega de trabalho de Anoilza] e Felipe Dias Gomes [genro de Anoilza].

De acordo com informações da assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública, a delegada Daniela Barreto identificou a viúva da vítima como a principal suspeita na elaboração do crime. A hipótese da delegada, a partir das investigações é a de que o crime tenha sido motivado por um envolvimento da acusada em um relacionamento extraconjugal.

No início das investigações, a polícia identificou um automóvel com placa de Maceió, Alagoas, como o veículo que atingiu Antônio. Na época, a informação era de que este carro disputava um pega na Av. Melício Machado quando atingiu o aposentado. Mas, após mais investigações, a delegada Daniela Barreto chegou a conclusão de que se tratava de um veículo roubado.

Dentro do veículo, a polícia identificou duas contas de energia elétrica no nome de Manoel Nogueira Neto, um dos suspeitos envolvidos no caso. A partir dessas contas, a polícia fez investigações e chegou aos outros quatro nomes. Apesar da ligação entre os suspeitos, a polícia ainda não sabe exatamente o papel de cada um dentro da trama que resultou no assassinato de Antônio de Melo Araújo.

Envolvimento da família

No decorrer das investigações, a família de Antônio entregou à polícia uma carta de conteúdo pessoal biográfico, supostamente escrita pela vítima. Na carta, as palavras escritas eram de depressão, indicando um possível 'suicídio' de Antônio. Mas no desenvolver das investigações, a polícia conseguiu provas e chegou a conclusões de que a vítima não havia escrito a carta, que na verdade era de autoria de Felipe Dias Gomes, genro de Anoilza.

Prisão temporária

No momento, os cinco acusados pela delegada Daniela Barreto estão em prisão temporária de trinta dias. Os investigados ainda serão ouvidos pela delegada nesta segunda, 11.

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