A partir do próximo dia 24, o sistema de atendimento das lojas da Vivo em Aracaju podem entrar em colapso. É que todos, de atendentes a supervisores de atendimento – contratados através da Projel – foram demitidos devido à não renovação de contrato com a empresa que prestava serviços à operadora de celular. A confusão pode virar uma realidade caso os atendentes, que pela lei devem trabalhar até o dia 24, não assinem, mais uma vez, o contrato de rescisão com data retroativa imposto pela empresa, o qual estenderia o prazo para o dia 31 deste mês. Contrários a esta decisão estão os atendentes do turno da tarde. “A Projel quer que os prestadores de serviços assinem o aviso prévio com data retroativa do dia 7 de março a 7 de abril, fazendo com que trabalhemos até o dia 30. Na verdade eles estão nos forçando a aceitar os sete dias de trabalho corridos, mas, pela lei, nós temos o direito de escolher trabalhar duas horas a menos ou os sete dias corridos”, afirma A. P., um dos atendentes despedidos. A nova empresa que firmou contrato com a Vivo é a Atento, a qual baixou os salários dos atendentes em R$ 100,00 e, se comparado com as benfeitorias da Projel, baixou em R$ 200,00 os salários. Os novos atendentes ainda não passaram pelo treinamento necessário, por isso o sistema pode entrar em colapso. Isso vai depender da proposta da empresa face às exigências dos atendentes demitidos, que não querem assinar o aviso com data retroativa. “Nós queremos o que é correto”, informou A. P. Outro ponto que causa a revolta dos demitidos foi o fato de terem que passar por um novo processo de seleção, mesmo a empresa sabendo que não mais iria ficar com os mesmos em seu quadro. “Eles nos mandaram fazer entrevista com esta nova empresa. Nos fizeram de palhaços, pois tivemos que brincar até de ´Escravo de Jó´, competindo uns contra os outros por causa de um emprego que na verdade não existia para ninguém”, informou a A. P., que também não vai assinar o aviso com data retroativa. Por Neila Santana