6º edição do NegraMe acontece nos dias 12 e 13 de maio em Aracaju

(Arte: divulgação/ Funcap)

Entre os dias 12 e 13 de maio, o Governo de Sergipe, através da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), realizará a 6º edição do NegraMe, com uma série de atividades em espaços culturais do estado. A programação tem como objetivo ampliar debates acerca da luta, vivência, ancestralidade e conquistas do movimento negro historicamente.

A primeira ação acontece na próxima quinta-feira, 12, no Corredor Cultural Wellingtons Santos “Irmão”, com a abertura da exposição coletiva “Arte Negra e Suas Expressões”, composta por obras elaboradas por 16 artistas negros. A atividade busca contribuir para a ressignificação do Dia da Abolição da Escravatura. O evento conta ainda com a participação do poeta Fernando Gramoza, autor da obra “Tentativas de Poesias Contemporâneas”, lançada em 2021.

Para os artistas, a exposição coletiva apresenta um contraponto aos estereótipos ligados ao dia nacional da abolição da escravatura e tem a finalidade de retratar pessoas negras através em seu dia a dia, com suas produções, expressões, vivências do cotidiano, afastando o rótulo de que negros e negras devem ser só retratados apenas no âmbito de trabalho precário. O evento também relembra que todos devem permanecer em qualquer espaço que lhes é de direito, mas que continua sendo negado.

Com entrada franca, a exposição permanecerá aberta para visitação pública até o dia 31 de maio, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, sem a necessidade de agendamento prévio.

A programação segue no dia 13 de maio, com início previsto para às 8h30, desta vez no auditório do Centro de Criatividade, com uma série de palestras e rodas de conversa mediadas por Paulo Lima, gerente de patrimônio material e imaterial da Funcap. A ação é aberta à comunidade e tem o objetivo de criar um espaço de diálogo participativo.

Ao total, serão promovidas três palestras realizadas por historiadores e antropólogos do estado: “1888 foi feita abolição: Samba de Aboio Santa Bárbara, ancestralidades e reflexões sobre 13 de maio”, com Luan Almeida; “Toque de Amor e Resistências: O Caruru de Dona Rosa, das Praias às Festas de Aniversário no menor Estado brasileiro”, com João Mozart; “Mariano Antônio Ferreira e a valorização da cultura afro-sergipana”, com o pesquisador Hiago Feitosa.

Após as palestras, a Associação de Capoeira União realizará uma apresentação especial.

Sobre os palestrantes:

Luan Almeida, caboclo da ilha Paulo Afonso, é dramaturgo, performer, ator, cantor, compositor e produtor cultural. Possui formação em teatro, é bacharel em Museologia e Mestre em Culturas Populares. Também é colaborador e parte da equipe de produção do História Encena Coletivo de Teatro Afro (HECTA), além de cantor na Orquestra de Atabaques de Sergipe e no Afoxé de Odé.

João Mouzart, Doutor no Programa Multidisciplinar Pós-Graduação em Estudos Étnicos/UFBA e Doutorando em Antropologia Social/USP; mestre em Antropologia Social/UFS, é especialista nas áreas de Didática e Metodologia do Ensino Superior em Gestão Escolar com ênfase em Pedagogia Empresarial.

Hiago Feitosa, mestrando em História pelo PROHIS/UFS, membro do Grupo de Pesquisa Pós-Abolição no Mundo Atlântico da UFS. Trabalha a trajetória de Mariano Antônio Ferreira e estudos de gênero e raça na História.

Fonte: Governo de Sergipe

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