A Mudança Começa em Você

O escritor lançara o segundo livro ainda este mês (Fotos: Portal Infonet)
Advogado, aposentado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 20ª Região, pós-graduado em gestão de pessoas, colunista da revista Perfil, vice-presidente do Tribunal de Ética da OAB, colunista do Portal Infonet e membro da Academia Sergipana de Letras. Esse é o currículo do escritor, apaixonado pela vida e amante da gentileza, Domingos Pascoal.

Após o lançamento do primeiro livro intitulado “Experimente Mudar”, em maio de 2008, Pascoal lançará a sua segunda obra “A Mudança Começa em Você”. A data ainda não foi confirmada, mas o livro que apresenta uma reunião dos textos publicados na Infonet e mensagens inéditas promete mudar a forma dos leitores enxergarem as mudanças na vida profissional e familiar. Confira a entrevista com o escritor.  

Portal Infonet- Como surgiu a necessidade que levou a escrita do livro e fale um pouco da escolha do tema?

Domingos Pascoal– Desde 2003, ano em que me aposentei que escrevo para a Revista Perfil, um periódico mensal que circula em todo o Estado de Sergipe.  As matérias, frutos de experiências e observações vividas, sempre renderam bons feedbacks ao ponto de minha esposa, vendo os emails que eu recebia comentando, criticando e até agradecendo por eu escrever aquilo, indagou: por que você não reúne tudo isso num volume só? Aí nasceu o “Experimente Mudar”,  livro lançado em maio de 2008, que já está na terceira edição e rendeu várias palestras sobre o assunto. Este

A Mudança Começa em Você é o titulo do livro
sucesso foi o estimulo necessário para que eu repetisse a dose agora com “A Mudança Começa em Você”, elencando, desta feita, algumas das matérias publicadas na Infonet e, se tudo correr bem, no próximo ano lançarei mais um ainda com a mesma temática que é a busca  e o estimulo à mudança para melhor.

Infonet- A sua história de vida, o fato de não ser um garoto de família rica, trouxe quais lições de vida?

DP- Ter nascido pobre, para mim, foi sem dúvida o que mais me motivou a lutar para ser o  que sou. Agradeço a Deus todas as conquistas conseguidas, desde as mais modestas até  aquelas, por mim consideradas grandiosas. Repito, todas têm muito valor, aprendi que  quando você vibra e valoriza as suas realizações elas não param de acontecer. E sabe por que e quando eu as consegui mudar?  Quando comecei a ler bons livros e  assistir boas palestras o que fez com que a partir de certo tempo, me tornasse surdo para  as vozes e cego para as atitudes dos perde-dores, verdadeiras “carpideiras”, que sempre  vaticinam a desgraça alheia, enchendo o mundo de terror, temor e medo, todos conhecemos  os “mantras” destes profetas do absurdo, representadas pelas suas admoestações  preferidas: “não vai dar certo”, “não se meta com isso”, “você não vai conseguir”, “você  não tem competência”, “ não invente, fique no seu canto…”. Mas, como disse,

O autor diz que o livro é uma reunião de lições de vidas
tornei-me   surdo para estes apocalípticos do absurdo e, por não escutá-los mais, fui fazendo e foi  dando certo, graças a Deus. Sempre com muito esforço, comprometimento e boa vontade. Portanto, desconfio que se eu tivesse nascido de uma família rica talvez não tivesse este  estímulo para ir um pouco além do lugar comum. Por isso afirmo que nascer pobre, para mim, foi uma dádiva. É claro que sinto pelos meus pais que sofreram e sofrem ainda, pois  minha mãe ainda é viva e pelos meus irmãos que nunca se interessaram pelo futuro e, hoje  vivem vidas difíceis. Lamento muito por eles. Tudo que tenho foi conquistado com trabalho e honestidade e Isso não tem dinheiro que pague.

Infonet- Como o senhor recebe as críticas de quem limita seus livros a obras de auto-ajuda?

DP- De fato eu fico feliz quando dizem que o meu livro é de autoajuda. Já pensou o que significa uma idéia ter o poder de ajudar outra pessoa? Ou, melhor ainda, fazer com que esta outra pessoa se autoajude com a leitura dos nossos  livros ou com a apresentação de nossas palestras? Não. Não me incomodo e nem contesto. Eles que fiquem com as suas verdades absolutas. Pena  que não procurem ver os dois lados da moeda. Nunca vi um crítico se preocupar em perguntar àqueles que, de certa forma, se  beneficiaram com uma idéia de autoajuda. Digo isso porque sou fruto dela

(autoajuda) e estou muito bem, fazendo o que quero sem  necessitar macular o trabalho, a produção e nem a honorabilidade de ninguém. Eu, particularmente, busco pelos acertos, pelo bom que existe nas pessoas e nas suas  produções, seja qual for o gênero que elas escrevam: história, romance, poesia, novela,  cordel, ensaio ou conto; procurarei sempre a parte boa daquilo e, a esta eu validarei  sempre. Acreditem, todos temos muito mais acertos do que erros.

Infonet- Falando em mudanças, qual foi a sua maior mudança, o que foi fundamental para que o senhor pudesse se tornar escritor?

DP- Eu sempre quis escrever, porém, ainda deixava-me contaminar com as vozes dissonantes dos perde-dores que afirmavam sempre, e com toda autoridade que eu não tinha capacidade  para escrever, que o meu texto era muito ruim, que eu não sabia – como de fato, ainda não  sei – escrever bonito, que tudo era muito difícil, que não ia dar certo, que eu ia perder o meu precioso tempo etc. Foi aí que descobri que estavam errados. Que eram, na verdade,  irradiadores de “idéias paralisantes”. Consciente disso fui em frente, fiz e estou muito satisfeito. E, confesso, creio ter  feito o bem a muita gente, isso também não tem preço.

Infonet- Quais suas referências como escritor e como é a sua rotina no processo de construção de uma obra?

DP- As minhas principais referencias, citarei algumas, são: Sócrates, Jesus, Napoleon  Hill, Dale Carnegie, Wallace D. Wattles, Luiz Almeida Marins Filho, Lair Ribeiro, Augusto Cury… Ih! Acho que frustrei algumas expectativas, pois muitos certamente esperavam que eu citasse Machado, Jose de Alencar, Graciliano, Vitor Hugo, Charles Dickens, Cervantes,  Euclides da Cunha, Gilberto Amado… Gosto e leio todos eles, porém para escrever o que  escrevo necessito visitar os meus preferidos e muitos outros que não foram citados.

Infonet- Porque distribuir um dólar durante o lançamento do livro?

DP- A nota de um dólar é considerada a moeda da sorte. Nas famílias tradicionais  americanas quando o filho completa doze anos o pai dá uma nota de um dólar ao filho e diz: – filho, para você ter muitos dólares é necessário ter o primeiro, este é seu talismã, o  seu dólar da sorte, vá trabalhe, se esforce, fazendo sempre mais do que lhe pedem, ganhe dinheiro. Porém, não gaste esta nota de  dólar representa a sua fortuna. Alguns restaurantes também fazem promoções no dia 29 de cada mês colocando em baixo de  cada prato uma nota de um dólar. A própria nota de um dólar foi criada por Maçons esotéricos que distribuíram nela vários  enigmas que a torna um amuleto da sorte. Eu tenho a minha na minha carteira ganhei do  grande escritor, Dr. Lair Ribeiro, há quase trinta anos, pois para dar sorte ela não pode ser comprada e nem roubada, só tem este valor de talismã da fortuna se for recebida em  doação.

Infonet- Como Cearense qual a relação com Sergipe?

DP- A minha relação com Sergipe, a minha pátria por acolhimento e amor, é a melhor possível, não tenho a menor pretensão de ir daqui para outro lugar, não sei se resistiria  com muita facilidade uma mudança. Porém, por saber que tudo muda e, também por não ter  medo de mudar, não digo que nunca sairei daqui, mas se isto acontecer sairei lamentando  muito. Eu amo esta terra, ela me deu tudo o que tenho.

Infonet- Como descrever Domingos Paschoal?

DP- Domingos Pascoal é um simplório, da paz, da concórdia e que sabe dizer, sem ofender e  nem sem se sentir diminuído: “eu amo você”. Não é afeito a traição e nem mentiras,  incapaz de usurpar direito alheio para se locupletar, a si ou à sua família. Procura  fazer tudo dentro dos parâmetros de honestidade e da ética. Atenção, Ética Socrática, não aquela do “jeitinho brasileiro”, da “arrumação”, do “…se preocupa não, todo mundo  faz…”.

Infonet- Como é participar do seleto grupo da Academia Sergipana de Letras?

DP- Fazer parte da Academia Sergipana de Letras representa, para mim, uma das três  maiores realizações de minha vida: meu casamento com a melhor esposa do mundo, o nascimento de minha filha querida, Ana Rita e, a posse na Academia Sergipana de Letras.  Deus sempre me deu mais do que mereço. São apenas quarenta cadeiras, imagine a glória que  tenho de ocupar uma delas? Estou muito feliz e agradecido ao empenho de alguns amigos que  viram em mim méritos e sufragaram o meu nome.

Infonet- Voltando ao livro ‘ A Mudança Começa em Você’, a obra trata de valores como dinheiro e família, como é possível conciliar esse desafio?

DP- Seguindo o mesmo passo do “Experimente Mudar”, este novo livro tem a pretensão de  mostrar exatamente esta obviedade que teimamos em não enxergar. Temos por costume evitar, a todo custo, a dialética entre dinheiro e felicidade. Ou seja:  que o dinheiro traz felicidade. A nossa cultura foi muito bem trabalhada para enxergamos  o dinheiro como um mal, como uma coisa demoníaca enquanto a pobreza é vista como uma  virtude e uma coisa divina. Fica fácil localizar onde isso aconteceu nesta colonização extremada entre o conformismo com a miséria e a rebeldia com a riqueza: “é mais fácil um  camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino do céu.” São jargões como estes, bem trabalhados no inconsciente e no consciente coletivo que nos levaram a termos medo de ser  felizes e, sobretudo, ricos.   Devo dizer que riqueza produz riqueza enquanto pobreza produz mais pobreza. Digo também que não estou contra os pobres, coloco-me sempre contra a pobreza e tenho como meta transformar os pobres em ricos, se Deus me mostrar um caminho. Um dia chegarei lá. Não é à toa que brinco quando digo que pretendo distribuir um milhão de dólares, de um em um, durante o resto de minha vida. Sei que é utópico, pois sequer tenho dimensão do que seja um milhão de dólares, sei que é um caminhão de dinheiro e que eu nunca vou sequer conhecer esta quantia, quanto mais possuí-la. Mas quem diria que Lula seria presidente do Brasil? O mundo é dos visionários, dos utópicos, se não chegar a um milhão distribuirei o que me permitirem e faço a minha parte dizendo: para ter muitos dólares é necessário ter o primeiro, trabalhe com honestidade e empenho, fazendo sempre um pouco mais do que aquilo que esperam de você e a sua sorte chegará.

Por Kátia Susanna

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