A exposição que retrata a vida e obra de Araripe Coutinho, foi lançada nesta quarta-feira, 30, na Sociedade Semear. Até o dia 3 de março, a sociedade sergipana poderá visitar espaços interativos que proporcionarão uma grande retrospectiva acerca dos momentos mais marcantes de um dos poetas mais irreverentes de Sergipe.
A exposição integra uma ampla programação em homenagem ao cinquentenário de Araripe Coutinho. O projeto é de Antonio Amorosa, ocupante da cadeira 33 que tem como patrono o homenageado. A esse projeto, se somaram os arquitetos Ana de Cáscia Martins, Hélio Aguiar e a designer de interiores, Luciana Galvão. Há também a participação especial da arquiteta Marianna Albuquerque, que criou um ambiente para representar a pluralidade do poeta.
“Sou ocupante da cadeira 33 da Academia de Letras e Araripe é meu patrono. Então, quando ele partiu e o pai pediu que eu cuidasse do acervo, senti em meu coração que deveria fazer uma exposição em sua homenagem. Eu não poderia doar ou enviar esse acervo a uma instituição, sem antes homenageá-lo com uma exposição. Então, convidei alguns design de interiores e arquitetos para conhecer o meu projeto, que é de mostrar o poeta, o jornalista, o homem que fazia trabalhos sociais, e toda a sua pluralidade, tudo que ele fazia e que algumas pessoas conheciam e outras não”, detalha Amorosa.
De acordo com a arquiteta Ana de Cáscia Martins, o visitante é surpreendido já no primeiro momento em que chega à exposição. “Quem chega aqui é surpreendido com um quarto escuro, onde recebe lanternas e lê frases que Araripe falava no cotidiano ao encontrar ou receber as pessoas. Em seguida, o visitante entra no ambiente que traz o histórico do poeta, suas obras e datas de publicação, além de um espaço com representação de sua biblioteca, do seu escritório, do piso de sua casa e até da vista da janela”, conta.
Hélio Pereira, que também é arquiteto, conta que o objetivo foi recriar os ambientais nos quais Araripe Coutinho viveu e recebeu familiares e amigos. “Queremos que os visitantes se sintam na casa de Araripe e sintam a alma dele. Araripe era uma pessoa luxuosa, então, nós poderíamos fazer ambientes chiques e sofisticados, mas resolvemos fazer de uma maneira diferente, usando o acervo dele, para que as pessoas se emocionassem e sentissem a alma dele aqui”, comenta.
A exposição conta com diversos ambientes, que retratam as homenagens prestadas a Araripe Coutinho, a tese de doutorado sobre a obra e vida do poeta, o projeto social com as detentas do presídio feminino e o seu último ato público, que protestou contra o alto índice de tráfico de drogas e de assassinato de jovens no bairro Industrial.
Dois desses espaços estão relacionados ao polêmico episódio no qual Araripe Coutinho realizou um ensaio fotográfico seminu no Palácio Olímpio Campos, que na época estava reforma. “Ele escreveu defesas sobre tudo o que aconteceu e a repercussão das fotos no museu. Nós encontramos frases de muita dor e também os recortes de jornais, que ele mesmo guardou. Também trouxemos um manifesto, no qual amigos e pessoas que conviveram com Araripe, reproduziram um nu. Essas fotos estão aqui e em cada um dessas fechaduras, o participante se aproxima e pode visualizar”, detalha.
Visitação
Para ter acesso à exposição, é necessário encaminhar a mensagem “Eu quero visitar a Exposição sobre Araripe” para o email exposicao50@gmail.com. As informações para visitação também podem ser feitas pelo whatsapp 79 998498249 ou +56 9 57938180. Os horários de funcionamento ocorrerão até final de março, de quarta a sábado, das 18h às 21h.
por Verlane Estácio
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