Alapada lançará seu terceiro CD no dia 1º de novembro

Capa do novo CD

Naná Escalabre

A banda Alapada lançará no dia 1º de novembro o seu terceiro CD. Segundo o vocalista Naná Escalabre este é um trabalho alto astral, bom para ser ouvido no volume máximo. A festa de lançamento do álbum  ‘Alapada Rock Praia’ será realizada no dia 1º de novembro, no The Office Pub. As atrações do evento serão as bandas Alapada, The Baggios e Reação. Nesta entrevista Naná fala deste novo trabalho e também da história da banda.

Portal Infonet – A banda Alapada lançará no dia 1º de novembro o seu terceiro CD. Qual o nome do CD e o que o público pode esperar deste trabalho?
Naná Escalabre-
O título do novo Álbum é ‘Alapada Rock Praia’. Nesse CD procuramos nos renovar sem perder a nossa essência. Inserimos em alguns arranjos elementos brasileiros como zabumba, tamborim e triângulo, ao mesmo tempo em que utilizamos scratch com a participação do DJ Versianni. O som desse novo trabalho é alto astral, bom para ser ouvido no volume máximo em casa ou numa balada.  A sonoridade está mais pesada, mas também dançante. As melodias estão bem marcantes, o que torna o trabalho pop. As letras falam de tudo que faz parte do cotidiano dos jovens, por isso acreditamos que muitas pessoas podem se identificar com esse novo trabalho. 

Infonet -Neste CD vocês tiveram convidados? Qual o grande diferencial em comparação aos dois primeiros?
NE-
Nesse CD houve as participações do Dj Versianni e Rafael Santiago. Sem dúvida, esse foi o CD mais produzido da banda. Desde a arte gráfica passando pelos arranjos, como também pela qualidade sonora (gravação e mixagem). A diferença é que o novo trabalho soa mais brasileiro, e ao mesmo tempo descontraído, sem deixar de ser Rock. O reggae continua presente nessa fase, mas procuramos outras formas de misturar os ritmos para não soar repetitivo. 

Infonet- Esta produção veio para marcar também os dez anos da banda. Não é?! O grupo tem muito que comemorar?
NE
– É claro que esse CD é muito importante para nós. Não é fácil para uma banda independente conseguir manter-se em atividade durante 10 anos, sem parar de produzir e trabalhar. Esta festa de lançamento, que vamos realizar, é um presente para os fãs comemorarem a carreira da banda, fortalecendo a relação que construímos com o nosso público. Tenho certeza que será um momento especial.

Infonet- O novo álbum tem 13 faixas inéditas, incluindo a música ‘Noturna Perdição’, classificada para a etapa semifinal do 3º Festival Aperipê de Música. Você acha que deveriam existir mais festivais locais?
NE –
Os festivais são importantes para revelar novos talentos e também incentivar a cadeia produtiva de música. O festival da Aperipê é muito bacana, mas acho que precisamos ainda de mais festivais não competitivos como o Rock Sertão realizado na cidade de Nossa Senhora da Glória e que é considerado o principal do cenário independente de Sergipe. Ele abrange não só a música como outras manifestações artísticas. Tiveram também dois festivais bem legais por aqui o Rock-SE e o Punka, numa época em que o cenário autoral estava muito mais ativo.
Hoje eu sinto que existe muita gente boa produzindo coisas bacanas, mas falta uma plataforma para projetar essa nova geração e esses tipos de eventos são uma ferramenta que podem ajudar a fortalecer o cenário.

Infonet- Vocês podem relatar um momento muito especial para banda nestes dez anos? E também um momento negativo pelo qual passaram?
NE-
Houve muitos momentos especiais como a nossa temporada em São Paulo, onde  conseguimos ter uma música em telenovela, gravar os programas Altas Horas e o Programa do Jô Soares, mas o mais marcante foi  o show que fizemos no reveillon de 2010 na orla de Atalaia em Aracaju, onde milhares de pessoas esperaram a Alapada tocar após os shows nacionais. Subimos ao palco mais de 3 horas da manhã e o público permaneceu até o final cantando, participando intensamente do show, parecia que nós éramos a grande atração da noite. Ficamos surpresos com a receptividade e aquela troca de energia foi um momento mágico, que nunca esqueceremos. Quanto ao que acontece de ruim, obstáculos há diariamente, então nós procuramos aprender com os erros e superar as dificuldades com muito trabalho e dedicação. O amor ao que fazemos é o que nos uniu e é isso que faz Alapada seguir em frente e perseverante. 

Infonet- Como é tocar rock quando a grande mídia trabalha principalmente o forró e o pagode?
NE-
O Rock nos anos 80 foi uma grande sensação no Brasil. Acredito que a maioria dos integrantes da banda começou a interagir com a música nessa década. Hoje em dia o rock não é o estilo musical que está na moda, mas o público que curte de verdade não está ligando em modismos. Não posso negar que é muito difícil conseguir espaço num estado como Sergipe, que é conhecido como o país do forró,  tocando Rock, por mais que o nosso som seja pop temos muita dificuldade em tocar nas rádios populares, por exemplo. A maioria das pessoas aqui, além de não se interessar pelos artistas locais, tem uma espécie de preconceito ao achar que  rock não é música popular. São esses os paradigmas, que tentamos romper. Por isso, de certa forma, eu considero Alapada uma banda vitoriosa quando olho para trás e vejo todo o caminho que nós percorremos para chegar onde estamos. Para muitos, pode ser pouco, mas para nós esse pouco é muito, e isso é o que nos motiva continuar remando contra a correnteza. Enquanto existir amor ao ofício existirá a busca.

Infonet- A formação da banda é a mesma desde o início? Teve mudanças nos músicos? Quem faz parte atualmente?
NE-
A Alapada é um sonho, mas também é um trabalho. É importante que todos estejam satisfeitos na banda para que a relação, que também passa pelo pessoal,  seja harmoniosa. Como também é preciso ter uma postura profissional, assumindo as responsabilidades com o grupo. Todos os três integrantes, que não fazem mais parte da banda deram a contribuição deles, mas a banda só conseguiu sobreviver todo esse tempo porque quem permaneceu pensou coletivamente e procurou fazer o melhor para todos.  A formação atual é: Júlio Fonseca (baterista), Evandro Schiruder (guitarrista), que estão desde o início, Naná Escalabre (vocal), na banda há quase 10 anos e Jamessom  Santana (baixo), que entrou há aproximadamente 5 anos. Apesar das nossas diferenças, podemos dizer que somos uma família unida pelo mesmo sonho.

Infonet- Vocês mesmos compõem suas músicas? Como é quem escolhem as músicas de trabalho?
NE-
As músicas que gravamos são todas compostas pela banda. Nem sempre escolhemos a preferida para ser divulgada. Geralmente, discutimos em grupo, onde escolhemos a faixa que acreditamos ser a mais oportuna naquele determinado momento. É difícil escolher e nem sempre temos a certeza de estar fazendo a melhor escolha.

Infonet- Como vocês definem o público de vocês?
NE-
A maioria das pessoas que curte Alapada é formada por um público jovem de todas as classes sociais, que não tem preconceito com o fato da banda ser sergipana. Geralmente, são pessoas muito participativas e que ajudam a divulgar o nosso trabalho mundo a fora. Somos muito gratos a essa corrente positiva, que faz a banda crescer a cada dia.

Infonet – Quais foram as grandes conquistas da banda nestes dez anos?
NE-
Uma delas é fazer o lançamento deste 3° álbum com a qualidade que conseguimos alcançar, depois de 10 anos de carreira independente. Será o nosso ponta pé inicial para uma nova fase. A banda já conseguiu vender, aproximadamente, 10 mil cópias com o CD Diversidade, o CD Fazendo Valer e o DVD homônimo, que foi o ultimo registro lançado em 2009. Fomos a São Paulo em 2006, onde passamos uma temporada de 2 anos e meio tocando em várias casas noturnas, chegando a abrir shows para bandas consagradas no cenário nacional. Emplacamos uma música como tema de abertura de uma telenovela (Alta Estação, da Record), participamos de dois programas bem conceituados no país como o Atas Horas e o Programa do Jô, ambos da Rede Globo, e tivemos uma música do 2° Cd bastante executada na rádio 107.3 FM, de São Paulo (antiga Brasil 2000 FM), além de tocar em várias cidades do nordeste e ter consolidado um nome em nosso Estado. Atualmente, ter fôlego para lançar o 3° CD de forma independente com essa qualidade é mais uma grande etapa que só está no começo. Antes mesmo de ser lançando, já conseguimos observar a boa repercussão que esse novo álbum está alcançando. A exemplo do sucesso do hit Diva do Mar (faixa 5 do novo CD) em nossos shows, do primeiro lugar da música Hoje (faixa 1)  no site do Trama Virtual, que é um dos mais conceituados do cenário independente do país e da classificação da música Noturna Perdição  (faixa 2)  no Festival Aperipê de Música. Para nós indícios que nos levam a acreditar muito no álbum Alapada Rock Praia. 

Infonet- Quais são os planos futuros?
NE-
Depois de lançar o CD, queremos realizar a oitava edição do Natal Contra Fome. Planejamos também iniciar uma campanha contra o crack, através do clipe da música Zidane (faixa 12 do novo álbum)  e produzir o clipe de Diva Do Mar, para então cair em campo e divulgar o novo trabalho nacionalmente.

Infonet – Onde as pessoas podem adquirir o novo CD?
NE-
Nas lojas Litoral 655 do Shopping Jardins e da Rua Geru (Centro) ou solicitar através do telefone 79 9979-0740 e por e-mail no endereço: alapada@hotmail.com.

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