Alegria e irreverência dos blocos alternativos

Cajuranas saem com Julinho Porradão, Caranguejo Elétrico vem com Los Guaranis e Quilombo aposta na própria banda Os foliões que se preparem porque os blocos Cajuranas, Quilombo e Caranguejo Elétrico prometem esbanjar alegria, irreverência e reivindicações de sobra durante o Pré-Caju 2003. Apesar de não trazer bandas ou artistas de cachês elevados, os blocos estão longe de passar despercebidos pela avenida. “Por onde as Cajuranas passam, as pessoas param para nos ver. O mesmo não acontece com a maioria dos outros blocos, já que é a banda ou o cantor o que mais chama a atenção na avenida”, afirma o secretário de vendas do Cajuranas, Sidcley dos Santos Passos, 30 anos. Com 1.200 homens fazendo caras e bocas como as estudantes da antiga Escola Normal, o bloco vai arrancar boas gargalhadas até dos mais sérios. “No nono ano do bloco, a diretoria decidiu fazer essa homenagem ao magistério através das estudantes normalistas, resgatando o pouco da própria história da instituição”, explica Sidcley Passos. A outra novidade fica por conta de Julinho Porradão e Banda, que vêem em cima do Trio Gula no sábado, dia 15, a partir das 17h45. Cerca de 300 homens também fazem a segurança do bloco. O Kit ainda está à venda por R$ 50 na sede do bloco, que fica na rua Estância, 542, em frente ao Bar do Caldinho. QUILOMBO Mesmo sem apoio ou parceiros, o bloco Quilombo cai na folia pelo quinto ano consecutivo. A cultura afro e a luta contra a discriminação racial são os trunfos do tradicional grupo da Caixa d’Água. “A gente não teve apoio de ninguém. Até a 103 FM deixou a parceria. Só a Funcaju vai nos ceder o trio”, diz o coordenador do grupo, Irivan de Assis, 38 anos. O sonho de trazer o Olodum também não pôde ser concretizado. Mas para não perder a vaga no desfile, o bloco sai mais uma vez com os integrantes do grupo Quilombo. “Só vamos desfilar com a banda e fazer uma mostra da cultura afro porque não há como colocar um bloco na rua já que ninguém deu nada”, justifica o coordenador. A melhor saída encontrada pelos organizadores é fazer um ‘arrastão da pipoca’. Prestes a completar 16 anos, a banda Quilombo quer mostrar na avenida uma música baseada nas raízes africanas. “Quem for ao Pré-Caju na quinta e na sexta vai conhecer um pouco do afro-reggae e todos os afoxés e percussividade”, garante Irivan. CARANGUEJO ELÉTRICO As questões ambientais também fazem parte do Pré-Caju. Quem dá o tom ‘ecológico’ à festa é o bloco Caranguejo Elétrico. Este ano o bloco pega carona na promessa de combate à fome que o Governo de Lula defende. ‘Preservar o meio ambiente é combater a fome”, diz Leite. Há nove anos o Caranguejo Elétrico põe sua corda nas ruas. Leite é um militante do Partido Verde e o bloco tem inserção nítida nos problemas ambientais. Ele acha que, apesar de toda a negligência da sociedade para com os problemas ambientais, o carangeujo tem tido resultado. “Fica uma mensagem”, aponta. No ano passado, o Estado já conseguiu instituir o período de defeso do caranguejo, de 15 de outubro a 15 de dezembro. A banda Los Guaranis se encarrega de trazer à tona o clima de nostalgia dos carnavais de antigamente. O bloco sai no último dia da prévia carnavalesca, domingo, a partir das 15h45. Segundo Leite, a estimativa é de arrastar dois mil foliões. Cinfolia

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