Aracaju realiza o Julho das Pretas neste sábado

Evento acontece durante todo o sábado (Fotos: Portal Infonet)

Aracaju sedia neste sábado, 22, a segunda edição do “Julho das Pretas”, realizado pela Auto-Organização de Mulheres Negras de Sergipe Rejane Maria. O evento acontece durante todo o dia no Centro Cultural de Aracaju com uma vasta programação cultural. O evento é alusivo ao Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha, que tem como data oficial o 25 de julho.

De acordo com Aline Braga, uma das organizadoras do evento, evento tem como tema central "Memória, identidade e ancestralidade". "Esse dia é também comemorado em virtude do dia de Tereza de Benguela [líder quilombola] e a gente faz esse dia alusivo às especificidades necessárias dentro do feminino, fazendo o recorte de raça e gênero. O evento começa agora com a mesa ‘memória, identidade e ancestralidade’, que inclusive é o tema do Julho das Pretas no Brasil inteiro”, informa.

A professora Valdilene Silva fez questão de participar das discussões. “Esse  evento é de suma importância porque é um espaço para discussão da situação da mulher negra em todos os sentidos. O preconceito ainda existe não com a força de anos atrás, mas existe sutilmente e a gente percebe situações que o preconceito está ali. É importante a discussão para que se abra o debate porque o povo negro tem o seu posicionamento de força e igualdade, afinal a gente é um povo lindo”, defende.

Aline Braga e Margarida Oliveira integram a organização do evento 

Michele Souza também compõe a organização do evento 

Professora valdilene Silva fez questão de comparecer ao debate

Segundo Michele Souza que também é membro da Auto-Organização de Mulheres Negras Rejane Maria, as mulheres negras ainda são vítimas do preconceito. “Todo dia a gente tem indicadores do IBGE, IPEA que garante que se pessoas negras estão sofrendo com violência, com extermínio da juventude negra, quem sofre mais são as mulheres negras. Se mulheres estão sofrendo com feminicídio, com violência, quem sofre mais são as mulheres negras por conta desse duplo insidio do racismo e machismo. Os indicadores hoje em dia indicam que somos mais de 60% das mulheres aqui em Sergipe sendo que se você procurar uma representatividade você não encontra  essa representatividade equitativa”, lamenta.

O evento prosseguirá no turno da tarde a partir das 14h com oficinas de capoeira, dança e estética negra. O encerramento ocorre após a apresentação musical da cantora Lari Lima que acontece ás 17h.

Confira a programação completa

Por Aisla Vasconcelos

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