Artistas comemoram Dia do Músico

Tonico diz que falta espaço para o artista (Fotos: Portal Infonet)
Artistas sergipanos em comemoração ao Dia do Músico reuniram-se na manhã desta segunda-feira, 22, no Bar e Restaurante Cariri para um café da manhã. Na ocasião o presidente da Associação Movimento Salve, Tonico Saraiva, pontuou algumas das reivindicações que há anos a categoria vem lutando. “Acreditamos que não deveríamos fazer movimento para cobrar aquilo que é nosso por direito”, disse.

Para Tônico a falta de espaço para o artista local ainda é uma das principais cobranças feitas aos governantes. “Mais uma vez ficamos fora do réveillon, evento em que o governo prioriza o artista de fora. O que queremos é uma participação mais democrática, não só no final do ano, como também no São João, e nos eventos realizados tanto pela prefeitura como pelo governo no início do ano”, explica.

Erivaldo diz que artista só toca no São João
O presidente também pontuou a ausência de um local de referência onde os artistas possam ser amparados. “Existe uma Galeria chamada Ana Maria, que está abandonada, localizada na orla. Porque não utilizar esse espaço? Poderíamos organizar no local, por exemplo, o espaço de forró dos turistas”, propõe.

Para o forrozeiro Erivaldo de Carira os artistas que dependem da música não conseguem sobreviver em Sergipe. “A gente só toca no São João. Não tem outros eventos organizados durante o ano todo. Percebo que para viver de música tem que sair daqui”, lamenta.

Erivaldo ainda pontuou que o Governo é quem melhor paga ao artista, mas que o dinheiro pago não dar para viver o ano todo. “O melhor cachê é no  são João, só que esse dinheiro não dura o ano todo. Deveria se organizar um evento pelo menos uma vez no mês, porque o artista teria um salário mensal”, exemplifica o forrozeiro.

Tonho Baixinho é a favor da criação de um departamento de divulgação
Quem também esteve presente durante o café da manhã foi o artista Tonho Baixinho, que relembrou a luta da categoria. “Em 1976 demos o primeiro passo na luta por melhores condições dos artistas. Em 79 criamos o festival da canção, tentávamos fazer outras coisas no sentido de conquistar espaços”, relembra.

Tonho Baixinho ressaltou que houve uma evolução no trabalho feito em Sergipe. “Percebemos que a música sergipana tomou outra proporção e achávamos que com o governo incentivando conseguiríamos alçar vôos, mas o que aconteceu foi que ao invés de incentivar e investir os governos podavam a cada ano”, explica.

O artista ainda pontuou a importância da criação de um espaço voltado para o artista. “Sou a favor da criação de um departamento de divulgação cultural, onde o trabalho possa sair dos limites de um evento como o Forró caju, ou a ‘arraiá’ da orla. É preciso pensar maior do que isso”, finaliza Tonho Baixinho.

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