Artistas sergipanos cobram apoio aos vereadores

Buscando o apoio para valorização dos artistas sergipanos, os representantes do Movimento Salve visitaram a Câmara Municipal de Aracaju (CMA) na manhã desta segunda-feira, 9/11, para entregar aos vereadores um dossiê contendo depoimentos , questionamentos e soluções para os problemas enfrentado pela classe.

“Os músicos sergipanos estão sendo agredidos. Hoje ouvi a denúncia de um músico da terra, que diz ter sido contratado pela Prefeitura de Aracaju para receber R$ 6 mil pela apresentação, mas na hora de receber, pagaram apenas R$ 3 mil”, disse o vereador Nitinho (DEM), informando sobre um projeto de sua autoria que obriga a emissoras de rádio a inserir cerca de duas horas de músicas de artistas locais na programação diária.

Emmanuel Nasicmento (PT) colocou a Casa à disposição dos artistas. “Vamos ver como é que constrói a maioria dessa Casa, para discutir uma solução para esse problema. Todos os projetos de lei, mesmo os de Edvaldo Nogueira, foram aprovados pelos vereadores desta Casa”. O vereador lembou ainda que teve um arraial e foi obrigado a fechar, por determinação do Ministério Público, porque ficava próximo a uma maternidade.

Com o lema ” Na cidade de todos, os artistas sergipanos foram excluídos”, o documento foi passado às mãos da Mesa Diretora da CMA por Malva Malvar. “Nele está relatado a desigualdade que enfrentam os artistas da terra em detrimento dos de fora. Isso está causando o empobrecimento da categoria”, frisou ela.

Malva Malvar citou o exemplo das quadrilhas juninas. “Cada vestido custa em média R$ 600 e quando o grupo se apresenta o cachê para 60 pessoas é de R$ 1 mil”, informou, afirmando que é preciso criar um espaço para difundir a cultura sergipana. “Um local onde o turista conheça o forró, as quadrilhas e tudo mais”.

“Salvem o artista sergipano”, apelou o cantor Wilson Segal da tribuna da CMA. “Nós estamos aqui levantando a bandeira do artista local, que sofre com os baixos cachês pagos”, reforçou ele as solicitações feitas pela colega.

O cantor Rogério criticou a falta de espaço na Orla para o artista sergipano. “Mas lá, naquele espaço que foi pago com os impostos dos sergipanos, toda semana tem show e eventos comn artistas de fora”. Ele relembrou que anos atrás, chegou a receber pelos direitos autorais de suas músicas, tocadas em outros Estado, mas nunca por Sergipe.

Relatando inúmeros casos e situações vividas por forrozeiros do Estado, o cantor Cebolinha fez um apelo aos vereadores: “Nós pedimos que salvem essa nação forrozeira sergipana, que está passando necessidades”

O movimento dos artistas recebeu o apoio dos vereadores. “Vocês estão reinvindicando um direito de vocês”, dizze DR. Gonzaga (PMDB). Já Valdir Santos (PTdoB) parabenizou os artistas, defendendo que a “prata da casa” precisa se valorizar. “Tem que lutar, pois que está sendo esquecido é o artista popular, do povo”, destacou Chico Buchinho (PT).

O petista destacou que o cachê precisa ser discutido não só em relação ao valor, mas também ao pagamento, que deve ser feito no ato do show. “O artista sergipano presica aprender a empresariar e empreender. Ele precisa buscar meios de fazer isso”, opinou a vereador Rosangela Santana (PT).

Na quinta-feira, 12/11, os representantes do Movimento Salve estarão de volta à CMA para participarem de sessão especial que discutirá o assunto.

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