Ator Lázaro Ramos fala da peça ‘O Topo da Montanha”

Lázaro Ramos e Taís Araújo contracenam juntos na peça (foto: Divulgação facebook)

O Teatro Tobias Barreto recebe nos dias 6 [sábado] e 7 [domingo] a peça  ‘O Topo da Montanha’ contracenada pelo casal de atores Lázaro Ramos e Taís Araújo. O espetáculo já foi visto por mais de 80 mil espectadores e faz alusão ao último grande discurso de Martin Luther King.

A equipe do Portal Infonet conversou por telefone com o ator Lazaro Ramos sobre o espetáculo. Confira!

Infonet – O espetáculo Topo da Montanha estreou em Londres e chegou ao Brasil através de vocês. Como vocês entraram neste projeto?
Lazaro Ramos – Essa peça me perseguiu porque dois diretores amigos viram o espetáculo, me apresentaram o texto e eu traduzi as pressas, mas não ficou bom. Acabou que achei que soava muito americanizado e que não ia dar certo. Foi quando entrevistei o ministro Joaquim Barbosa e o chefe de gabinete do ministro Silvio Albuquerque, que é conhecedor e admirador de Luther King. Ele chegou meio nervoso, fez uma tradução encantadora e me entregou dizendo que queria que eu lesse. Agradeci, mas não li. A Taís leu e achou ótimo e disse que tínhamos que fazer e ainda disse que se eu não lesse terminava o casamento. Nisso eu li e vi que a tradução era especial.

Infonet – Como é falar de racismo para um público digamos que “elitizado”, geralmente quem frequenta teatro são pessoas de maior poder aquisitivo?
LR– A gente está há dois anos com a peça em cartaz. A peça conseguiu falar acolhedoramente com todos os públicos porque temos uma plateia mista de gênero, etnia e isso se deve tanto ao nosso trabalho como a autora Katori Hall que foi sábia em trazer com leveza esse tema para a peça

Infonet – O que o Luther King encenado por Lázaro Ramos tem a dizer ao público?
LR–  Não imito os gestos e nem a fala dele porque o texto trata de uma forma especial os temas tratados como o afeto, coragem e igualdade. O interessante foi entender o que as palavras dizem e em cima das palavras de Luther King o que isso proporcionava.

Infonet- Quais as vantagens e desvantagens de trabalhar ao lado da esposa?
LR– Trabalhar com a Taís trouxe muitas vantagens e é até uma alegria imensa porque lutamos para realizar este trabalho. Talvez se não fosse com tanto carinho não haveria essa harmonia.

Infonet- Como o público reage ao espetáculo?
LR– É uma troca e é lindo escutar as gargalhadas, mas depois vem os choros. No final a gente pede que as pessoas deixem um depoimento. Muitos são emocionantes.

Infonet- Qual é o papel de Taís Araújo no espetáculo?
LR– Ela é o disparador das lutas do King. A Taís faz uma camareira que está no seu primeiro dia de trabalho no hotel em que King está. Pense que não é fácil uma mulher nos anos 60 começar a confrontar ele no quarto em clima de suspense e provocações, ressaltando a sua humanidade.

Infonet – Deixe um recado para os sergipanos que adoram o trabalho de vocês?
LR – Quero agradecer o carinho de vocês. Fico feliz em ter uma receptividade dessa e espero que a peça seja emocionante, pois não é apenas uma história de luta de Martin Luther King, mas de todos nós.

Por Aisla Vasconcelos

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