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Integrantes da banda visitaram o Portal Infonet (Fotos: Verlane Estácio/ Portal Infonet) |
De passagem por Aracaju para divulgar seu novo trabalho, a banda Blackstyle arrancou suspiros das fãs na última quinta-feira, 19. Conhecidos pelas letras irreverentes e pela mistura de pagode e funk, os baianos já contam oito anos de carreira, dois DVDs oficiais e mais de 10 discos. Acompanhado do guitarrista Zega, o cantor Ricky Ralley visitou a redação do Portal Infonet e falou a respeito dos projetos da banda, do carinho pelo público sergipano e do sentimento de substituir Robyssão nos vocais.
Além de Ricky e Zega, a banda reúne Vitinho (cavaco), Fábio (baixo), Calabresa (teclado), Ruan, Juninho, Bacurinha, Ramon, Chipa, Jean, Dan (percussão), Kibom, Erick, Júlio César e Xexéu (coreografia). Segundo o vocalista, a recente gravação do clipe de ‘Trava na Bica’ causou grande rebuliço na periferia de Salvador. “A música faz uma homenagem ao bairro onde a banda surgiu, a Fazenda Grande, onde existe uma rua chamada ‘Fonte da Bica’. No dia da gravação do clipe nenhum carro subia ou descia, e o pessoal subiu em peso para ver”, conta Ricky.
24 horas após o lançamento do clipe, o vídeo já havia rendido mais de 150 mil views. O álbum ‘Blackstyle Ao Vivo na The Best Beach’, mais recente trabalho dos baianos, também não fica atrás na popularidade: em apenas um dia foram registrados mais de 300 mil downloads no site oficial da banda. Os cantores Igor Kannário, Tony Sales e Biel Rios e a banda Chiclete com Banana foram convidados para participar do projeto.
Música
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Ricky Ralley: responsabilidade com o público |
Sobre a mistura do pagode com o funk, Zega é quem se apressa em responder: “foi intencional. Na música baiana existe muito isso, de misturar, e a Blackstyle investiu nesse caminho para se diferenciar”, ressalta. Guitarrista e vocalista contam que a inspiração para as músicas surge de situações cotidianas vividas pelos integrantes da banda. Personagens e até mesmo passos de dança servem de matéria prima para as composições que, de acordo com Ricky, tem a autoria de toda a equipe Blackstyle.
Os sucessos ‘Ketchup’, ‘Boi’, ‘Vaza Canhão’ e ‘O Índio Virou Canibal’ são, na opinião da banda, aqueles que não podem faltar nos shows. “A galera sempre pede as músicas mais antigas. Tanto que estamos como o plano de gravar um novo disco trazendo o repertório dos primeiros anos. Ainda estamos em fase de estudo, mas é um dos nossos projetos”, destaca Ricky.
Robyssão
De acordo com o cantor, o anúncio de Robyssão sobre a intenção de seguir carreira solo foi levado com naturalidade pelo grupo. “Foi bem amigável. Todo mundo entendeu que era um momento da carreira dele. Mudando o vocalista, a cara da banda muda também. Mas o som continua o mesmo”, diz.
Ricky, que assumiu oficialmente os vocais da Blackstyle em março deste ano, ressalta a responsabilidade da nova missão. “Como o público é muito fiel, a gente se preocupa em dar sempre o melhor. Mas independente do vocalista, o importante é ter força para carregar a marca Blackstyle, que tem um peso muito grande”, expõe.
Críticas
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Mantendo a marca do Pagofunk, banda investe no apelo sensual em nova fase |
Entrando em uma nova fase, o grupo salienta seu intuito de trazer uma proposta visual ainda mais sensual nos shows, além de um trabalho mais apurado nas letras. “A gente está investindo muito na coreografia, em uma produção estética mais caprichada. E nas músicas a gente quer continuar com a marca da Blackstyle, que é a sensualidade, mas de uma maneira menos pornográfica e pejorativa”, diz Ricky.
A erotização da imagem feminina é outra marca das letras da Blackstyle. Sobre o rótulo sexista, o vocalista rebate as acusações apresentadas pela crítica. “Todo segmento da música tem letras boas e ruins, seja ou não falando sobre a mulher. Mas a mídia persegue mais o pagode. Nós vemos essas críticas de forma positiva, por que apesar de tudo a gente consegue encher a casa toda sexta-feira em nossos ensaios, o que mostra que nosso trabalho está sendo reconhecido”, defende.
Fãs
Segundo a banda, as redes sociais são uma das formas mais utilizadas pelo público para expressar seu carinho. Imagens, vídeos e comentários positivos chovem nas páginas pessoais e oficiais do grupo, que procura responder a todas as demonstrações de afeto. No meio de tantos fãs, há quem se exceda nas declarações de amor, seja virtual ou pessoalmente. “Um dia uma menina pediu para me dar um abraço. Quando me dei conta, ela estava mordendo meu peito. Em outra oportunidade, a gente teve que sair escoltado por policiais da choque, por que a galera queria subir no palco e partir para cima da gente”, lembra Ricky.
A respeito de Sergipe, o cantor responde, categórico: “estou louco para cantar aqui”. O vocalista considera o Estado como uma terra propensa ao sucesso. “Diversos cantores que vem para cá ficam estourados, é um lugar onde tudo vira ouro e tem uma energia muito boa. Eu já vim aqui uma vez, a formação antiga já veio outras vezes… Mas com toda certeza queremos voltar. Basta chamar”, revela.
Confira um trecho de 'Quadradinho', música de trabalho da Blackstyle, e o convite da banda aos internautas do Portal Infonet:
Por Nayara Arêdes e Aldaci de Souza
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