Biblioteca realiza VI Encontro de Contadores de História

Durante o Encontro ocorre a Feira Literária com escritores (Foto: Secult)

Diversos profissionais vinculados às práticas literárias, culturais e educacionais, se reuniram na manhã desta sexta-feira, 18, no auditório da Biblioteca Epifânio Dórea durante o VI Encontro de Contadores de Histórias de Sergipe.

Com o tema "Quem Conta Encanta. Quem Escuta se Transforma", o evento é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) através da Biblioteca Infantil Aglaé Fontes de Alencar (Biafa) e acontece de 18 a 20 deste mês.

O evento tem como principal objetivo incentivo à leitura, e conta com palestras, oficinas, debates e atividades práticas de contação de histórias. Durante o Encontro também ocorre a Feira Literária, com escritores de literatura infantil e infanto-juvenil, lançamentos de livros e um piquenique literário no Parque da Sementeira.

Segundo a diretora da Biblioteca Infantil, Cláudia Stocker, a sexta edição do Encontro já conta com 85 inscrições prévias, e terá a participação de três contadores de histórias de outros estados. “O Encontro de Contadores de Histórias é muito importante e já faz parte do nosso calendário. Nós pretendemos estar sempre trazendo novidades para as próximas edições buscando sempre agregar mais público para o Encontro”, explicou.

Além das atividades de cunho literário, o Encontro ainda reúne ações com finalidades sociais. O público presente pôde adquirir o livro “Bob não é bobo”, de autoria de Mailene Costa, que teve toda sua renda revertida para o Centro de Apoio Defesa do Animal Amélia (CADAA).  Através das inscrições, também foram recolhidas fraldas geriátricas que serão doadas para o Lar de Idosos de N. Senhora da Conceição.

Fundador do Grupo Prosarte de Contadores de Histórias, Antenor Aguiar explica que o grupo realiza ações voluntárias e atua há 12 anos em diversos locais do Estado de Sergipe. Para ele, a arte de contar histórias é sempre gratificante. “Nós trabalhamos não só o imaginário, mas também o coração das pessoas para quem a gente conta histórias, é como se falássemos de coração para coração”.

Desde 2002 atuando como contadora de histórias, Luciana Celi, explica que sempre gostou de ouvir histórias, mas foi num encontro de contadores de histórias que se descobriu contadora. “O Encontro é um momento de partilha, onde cada um sabe um pouco e quando juntamos todo mundo aprende. O contador está sempre aprendendo e desse encontro nasce o escritor, nasce o cronista, nasce o poeta, é possível descobrir outras faces que existem dentro de você”.

Intercâmbio Cultural

Buscando sempre dialogar com contadores de outros estados, a Biafa convidou para esta edição três contadores de histórias. Curador do Festival Nacional de Contadores de Histórias de Ponta Grossa/PR, Alfredo Mourão conta que começou a contar histórias em 2012. “Os encontros entre os contadores são sempre muito proveitosos, é a partir desses encontros, cada um com a sua proposta, que nós visualizamos a diversidade cultural brasileira”.

Segundo o contador de histórias e escritor paranaense, Danilo Furlan, ele se descobriu contador logo na infância, através das bibliotecas da sua cidade. “Eu conheci a contação de histórias através das bibliotecas de Maringá. A partir daquilo, comecei a buscar, fazer curso, participar de palestras e hoje em dia eu já realizo as atividades nas bibliotecas onde eu aprendi a contação”, relatou.

Programação

19/03 – Sábado
Das 08h às 12h – Oficinas (vagas limitadas)
– O uso do desenho como recurso na contação de histórias /André Comanche – Aracaju
– Fala Interativa: A magia do olhar no ato de contar e ouvir histórias/Alfredo Mourão e Danilo Furlan do Paraná.
– Contos Populares /Elisabete Pacheco de Juazeiro, Ceará.
20/03 – Domingo
– 15h30 – Piquenique Literário – Parque da Sementeira

Fonte: Secult