Bonecos ganham vida em peça ‘A Cobra Grande’ do Mamulengo de Cheiroso

A cultura regional é destacada através das histórias narradas pelos bonecos, emocionando crianças e adultos (Foto: Marcos Ferro/Governo do Estado de Sergipe)

Em um ambiente repleto de sorrisos e olhares fascinados, o espetáculo de teatro de bonecos Mamulengo de Cheiroso conduziu a plateia a uma viagem ao mundo mágico do folclore sergipano durante sua apresentação no Arraiá Mirim. O evento faz parte da programação da Vila do Forró, uma iniciativa do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap).

Fundado em 1978 pela dramaturga Aglaé D’Ávila Fontes, o grupo Mamulengo de Cheiroso tem preservado e propagado este mundo encantador do teatro de bonecos, repleto de tradições e fantasia. Utilizando bonecos de diversos tamanhos, o espetáculo “A Cobra Grande” conta a história de Dona Maria, uma mãe solteira de família tradicional rural, que enfrenta uma grande aventura para salvar seu filho dos perigos da vida. A trilha sonora da apresentação é realçada pela musicalidade sergipana, presente na performance de Mimi do Acordeon.

“É um texto de domínio popular, com muita música e interação. Ficamos muito felizes em mostrar aqui esse espetáculo e ter essa receptividade, mesmo com chuva. Em nossa história, já fizemos mais de cinco mil espetáculos, em Sergipe, nos 75 municípios, e pelo Brasil afora”, disse o diretor do grupo e bonequeiro, Augusto Barreto.

Esse encontro direto com as práticas populares sergipanas é muito importante no desenvolvimento infanto-juvenil. O teatro de bonecos permite que os pequenos não apenas assistam, mas também interajam, proporcionando uma vivência singular que envolve o lúdico e o educativo.

“A tradição do teatro de bonecos no Brasil, especialmente no Nordeste, desempenha um importante papel cultural, já que surgiu numa época diferente da de hoje, quando a mídia moderna não existia e as apresentações à moda antiga ainda eram predominantes, como em praças, circos e casas. O grupo Mamulengo de Cheiroso, que comemora 45 anos de existência este ano, continua forte”, enfatiza Augusto Barreto.

A paixão pelas artes cênicas é algo que pode se perpetuar por gerações, como no caso de Olívia Camboim, professora de teatro que levou sua filha Clara Brazil, de cinco anos, para assistir à performance: “Achei ótima a apresentação, esta é a segunda vez que assisto pessoalmente. O Mamulengo de Cheiroso, com seus 45 anos de existência, sem dúvida, proporcionou a muitas crianças em Sergipe o primeiro contato com o teatro, desempenhando, assim, uma importância fundamental para a história do teatro no estado. Minha filha adora, a primeira peça que ela viu foi do Mamulengo, ‘O Figo da Figueira’, sempre acompanhamos quando podemos, gostamos muito, é realmente muito especial”, disse Olívia.

O aplauso em pé ao final da apresentação ressaltou o impacto positivo que o espetáculo exerce sobre seu público. Ao promover esta ação, a Funcap reconhece a importância do trabalho desenvolvido pelo Mamulengo de Cheiroso, por sua capacidade de resgatar elementos significativos da cultura regional, gerando encantamento e promovendo a educação cultural através da arte.

Fonte: Ascom Funcap

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