Caixa Cênica comemora dez anos com conferência

Thiago Marques e Diane Velôso em 'Pela Janela' (Foto: Márcio Lima)

Nesta semana, o grupo de teatro Caixa Cênica completa dez anos de existência – e realiza programação com apresentações, shows e uma conferência para comemorar. O evento ocorre na Casa Rua da Cultura, em Aracaju, na próxima quarta-feira, 1º, e quinta, 2 – que é o dia em que a companhia faz aniversário. Todas as atrações têm entrada livre.

A abertura vai acontecer às 14h do dia 1º, com a realização da II Conferência de Teatro em Sergipe, que abordará o tema ‘Contemporaneidade e identidade cultural no teatro sergipano’. De acordo com a atriz Diane Velôso, participante do Caixa Cênica, o debate resgata uma conferência ocorrida também há dez anos e que definiu o início do grupo. “A gente acabou tendo isso como um marco”, afirmou. Em seguida, às 18h, Velôso encena a peça ‘Pela Janela’ com o ator Thiago Marques.

No dia 2, a programação já começa com a apresentação do espetáculo ‘Duas histórias de amor’, do projeto Cenas de Bolso, às 19h. Uma hora mais tarde, às 20h, será lançada a exposição ‘Abrindo a Caixa’, onde serão exibidos diversos materiais da equipe – figurinos, fotos e um pequeno documentário.

Ainda na noite de quinta se apresentam vários parceiros musicais do grupo de teatro, como Alex Sant’Anna, Coutto Orchestra de Cabeça e DJ Kaska. Sant’Anna deve preparar show com algumas das trilhas que já compôs para o Caixa.

Retrospectiva

O Caixa Cênica surgiu a partir da Companhia dos Duendes, um grupo reunido por atores selecionados para audição da peça ‘Bodas de Sangue’, dirigida pelo carioca Sidney Cruz e pelo sergipano Raimundo Venâncio. A primeira formação da equipe era integrada por Leandro Godinho, Diane Velôso e Fabio Rodigues, o ‘Babu’. A I Conferência de Teatro de Sergipe deu início aos trabalhos da aliança, que idealizavam um grupo de teatro fundado em pesquisa, experimentalismo e foco numa linguagem teatral contemporânea.

O primeiro espetáculo, ‘Respire e conte até dez’, foi dirigido por Sidney Cruz e levou um ano e meio para ser montado. Com o fim das apresentações, Leandro se mudou para São Paulo. O Caixa entrou, passou, então a realizar diversas oficinas, convidando a atriz Giuliana Oliveira para fazer parte do coletivo na tentativa de montar os banquetes culturais da peça ‘Onde você estava quando eu acordei’.

Em seguida, após alguns trabalhos com empresas e órgãos governamentais, o Caixa Cênica incorporou mais três atores e lançou o projeto Cenas de Bolso, coma a peça ‘Duas Histórias de Amor’. Outros planos continuaram a ser desenvolvidos, como o ‘Primeiro Ato’, projeto intensivo de iniciação teatral. Nessa época, Babu se mudou, e o professor gaúcho Celso Junior sugeriu uma parceria após ver uma apresentação do Caixa. O projeto que surgiu daí, ‘Felicidade conjugal ou quase isso’, foi colocado em prática em 2010 após ganhar o prêmio Myriam Muniz, da Fundação Nacional de Artes.

Já com a presença do ator Thiago Marques, o passo seguinte foi uma pesquisa sobre violência e solidão que culminou na adaptação do texto ‘Fala comigo doce como a chuva’, do escritor norte-americano Tennessee Williams: nascia ‘Pela janela’, espetáculo dirigido por Maicyra Leão que estreou em junho de 2011 e deve continuar a ser encenado a partir de março deste ano. Com Maicyra, a Caixa Cênica formatou uma nova montagem, ‘O natimorto: um musical silencioso’, feita a partir do texto do paulista Lourenço Mutarelli. O espetáculo foi vencedor do Myriam Muniz de 2011 e deve estrear em 31 de maio. O grupo é formado hoje por Diane, Thiago, Leila Magalhães e Denver Paraíso.

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