Avisa meu mano Avisa que eu vou Avisa meu mano Capoeira de Angola mandou me chamar No ano de 1993, Robson Martins, capoeirista e ativista do movimento negro de Sergipe volta de uma viagem à Salvador junto com um outro capoeirista, Fábio José Santana, o “ventania”. A viagem deu-se através de um convite recebido por Robson do Grupo Capoeira Angola do Pelourinho- GCAP, realizando sua VII Oficina e Mostra de Capoeira: GCAP 10 Anos Gingando a Mesma Luta, uma comemoração do aniversário do grupo. Em Aracaju, Robson, Fábio e Rejane, em uma parceria com a instituição de movimento negro sergipano, a SACI, trazem o GCAP à cidade para realizar uma oficina de seis meses de duração. A proposta era capacitar crianças, jovens e adolescentes, multiplicando a experiência e fomentando nos participantes o interesse em construir um grupo de capoeira Angola. Proposta, até então, inédita no Estado. A hegemonia da capoeira regional, pela primeira vez, começava a ser ameaçada. Uma série de conceitos e valores, muitas vezes esteriotipados, como a substituição do equilíbrio pela força física e da malícia pela violência estavam condenados a desaparecer. A vontade de adotar a Angola vai tomando forma e amadurecendo, transformando-se em Grupo Abaô de Capoeira Angola e, mais tarde, espandindo seus objetivos, em Assossiação Abaô de Arte-Educação e Cultura Negra. O Abaô passa então a trabalhar a educação e a formação para defesa e promoção dos direitos da criança, do adolescente e do afro-descendente em sitação de risco, tendo como base a capoeira angola, o maculelê, samba de roda, dança afro, reggae, artesanato, percussão e demais instrumentos da cultura negra. Ano de 1994. Formado, basicamente, por ex-integrantes da oficina nasce o primeiro grupo autêntico de capoeira Angola de Sergipe. Com uma dinâmica diferente da adotada pelos demais grupos de capoeira desenvolve a capoeira através de uma pedagogia de cultura e não de academia. A capoeira Angola é instrumento aglutinador num projeto de conscientização social e cultural, recuperando e recontando a longa história da resistência cultural dessa arte. Já é 1996, uma parceria entre o grupo e o contra-mestre Valdemir Damasceno, da FICA- Fundação Internacional de Capoeira Angola, em Salvador é consolidada e a capoeira angola de Sergipe participa de atividades internas e externas, articulando-se com outras organizações populares na tentativa de dar continuidade à luta pela igualdade social e continuidade da tradição angoleira em Sergipe. Em homenagem ao Mestre Pastinanha, o Abaô registra como data de fundação o dia 5 de abril, data do nascimento do guardião da capoeira Angola. Hoje a Assossiação Abaô desenvolve atividades de capoeira Angola no espaço multi-cultural Casa Laranja – rua Santa Rona, 1 -, às segundas, quinta e sextas-feiras, das 18 às 20 horas e sábados e domingos, das 9 às 11h30min. Mais informações através dos telefones (0xx79) 9133-3653/ 91332-4386. Por Marina Ribeiro Origem da Capoeira Angola A descaracterização da Capoeira
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