Catadoras de mangaba realizam feira cultural

Feira atraiu público nesta quinta-feira (Fotos: Portal Infonet)

Com o objetivo de promover o trabalho, e de aumentar a geração de renda, as catadoras de mangaba promoveram nesta quinta-feira, 30, a Feira Cultural Saberes e Sabores. Através da iniciativa, que ganhou visibilidade no Estado, as catadoras apresentaram à sociedade os vários tipos de doces, geleias, bolos, e muitas outras guloseimas, que podem ser produzidas com os frutos da terra.

Para a coordenadora do Projeto Catadoras de Mangaba, Mirsa Leite, as mulheres estão desenvolvendo várias ações dentro da iniciativa, e, a partir delas, estão aprendendo a se auto-organizar. “Hoje apresentamos o trabalho delas para a população sergipana, e mostramos para as catadoras o valor comercial e nutritivo dessas frutas, que muitas vezes podem ser encontrados nos quintais de suas próprias casas”, destacou.

Mirsa também relatou que os produtos da Feira Cultural Saberes e Sabores nada mais são do que o aproveitamento da cultura da terra. “Estamos trabalhando com uma linhagem de produtos que não são enlatados, e que recebem o acompanhamento de um engenheiro de alimentos. Ou seja, são produtos de qualidade feitos coletivamente por catadoras de 26 povoados”, acrescentou a coordenadora do projeto.

Vera ficou satisfeita com a participação na feira

Satisfação

A catadora Vera Alves, 46, responsável por vender compotas de mangaba, mamão, goiaba e manga durante a feira, achou maravilhosa a iniciativa de hoje e garantiu estar satisfeita com a participação da sociedade.

“Trabalhar com esse projeto está me ajudando com a renda familiar, e está proporcionando que eu possa aprender novas receitas com as frutas que tenho aqui mesmo, próximo de casa”, ressaltou Vera, que espera que o trabalho de catadora seja repassado para a próxima geração de sua família.

Venda

Catadoras apresentaram variedade de produtos

Os produtos comercializados na Feira podem ser encontrados com as próprias catadoras, ou encomendados através do site do Projeto, que surgiu em 2007.

Por Monique Garcez e Raquel Almeida