Centro Cultural segue com amostra sobre carnaval

(Foto: Edinah Mary / Funcaju)

A história de alguns dos principais ícones do carnaval aracajuano pode ser conhecida na exposição "Os Carnavais de Aracaju do Século XX", aberta no ultimo dia 13, no Centro Cultural de Aracaju. Promovida pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), a mostra é composta por banners com fotos e informações históricas, fantasias, troféus e adereços carnavalescos, e tem curadoria da museóloga, Janaína Couvo.

Segundo a curadora, na década de 50 e 60 o carnaval de Aracaju foi representativo com o surgimento de vários blocos de rua, mas foram as décadas de 70 e 80 que marcaram os “anos dourados” da capital sergipana com os bailes de clubes e escolas de samba. "Nessa época era realizado um grade desfile na Avenida Barão de Maruim com as escolas de samba, além de ter sido o auge dos bailes nos grandes clubes da cidade", conta.

Para a exposição Janaína realizou pesquisa com alguns dos principais carnavalescos que já passaram por Aracaju como, Izabel Nunes, que criou a escola de samba “Tubarão da Praia”, seu Leopoldo, fundador do bloco ”Rasgadinho”, e o carnavalesco, João Barreto Neto. Eles deram suas contribuições tanto com informações históricas, como com o empréstimo de fotografias e adereços, que estão expostos.

O fundador do bloco "Rasgadinho", seu Leopoldo, diz que exposição foi uma surpresa maravilhosa por sua representação histórica. "É um resgate dos carnavais antigos, que muita gente nova não conhece”, destaca. Segundo ele, o carnaval dos anos 70 não tinha os recursos que tem hoje, mas a alegria era a mesma, ou ainda maior. “O rasgadinho surgiu assim, de uma brincadeira minha e de alguns amigos do Bairro Suíça em 1961. No ano seguinte, o bloco foi transferido para o centro da cidade por onde saiu até 1972”, lembra. Em 2002 o Rasgadinho foi resgatado e hoje é considerado o maior bloco de Aracaju.

A carnavalesca, Izabel Nunes, fundadora da escola de samba "Tubarão da Praia" conta que a escola começou na década de 70 com 80 componentes e que dos 11 desfiles que participou, conquistou o título de campeã em 10. “Sou a favor que o carnaval se renove sempre, mas buscando a sua origem. Não adianta querermos fazer um carnaval como o da Bahia. Não somos axé, nossa raízes vem do samba e principalmente do frevo. Essa exposição mostra o quanto Aracaju tem potencial para fazer um bom carnaval”, defende.

“Eu acredito que com esta mostra o Centro está cumprindo uma das suas principais missões, que é trabalhar com a memória. Aqui as novas gerações podem conhecer boa parte da história do carnaval de Aracaju”, destaca a presidente da Funcaju e coordenadora do Centro Cultural de Aracaju, Aglaé Fontes. “É uma pesquisa que não vai parar por aqui, Ela vai fica guardada como registro, além de estimular o aprofundamento do tema para os próximos anos”, acrescenta.

Na exposição podem ser encontradas ainda peças clássicas que fazem parte da historia do carnaval de Aracaju, como a "Chave da Cidade", que era entregue ao Rei Momo no inicio do século XX e o traje do Rei Momo de 2013. A mostra segue aberta ao público até o dia 13 de março no Centro Cultural de Aracaju, que está localizado na Praça General Valadão, Centro, aberto de segunda á sexta das 9h ás 17h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (79) 3214-5387.

Fonte: Ascom

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