Chico Queiroga e Antônio Rogério comemoram 13 anos

A dupla Chico Queiroga e Antônio Rogério (Foto: Sílvio Rocha)

Juntos desde 1998, a dupla comemora esse ano 13 anos de estrada e cumplicidade. Eles tocam, interpretam e compõem canções nos mais variados gêneros. E, para comemorar a data, a dupla fará um show no Bar Coqueiral no mês de dezembro. Abaixo, confira a entrevista que o cantor Antônio Rogério concedeu à equipe do Portal Infonet.

Portal Infonet – Qual a novidade que vocês trazem para o público sergipano?

Antônio Rogério – Na verdade, a gente já está preparando o novo trabalho, o novo CD e DVD, mas isso vai ser pra meados do ano que vem. Nesse momento, estamos comemorando porque 13 anos não são 13 dias, e muitas histórias aconteceram e a gente quer compartilhar mais uma vez esse momento, porque não é fácil você fazer cultura aqui no Estado de Sergipe e isso é digno de comemoração.

Infonet – A dupla fará um show de comemoração no Bar Coqueiral, quando vai ser?

A.R – Vai ser no dia 1º de dezembro no Bar Coqueiral a partir das 21h30, e as mesas já estão sendo vendidas ao preço de R$ 80, antecipadas. Vai ser um show mais acústico, onde nós cantaremos uma parte só de voz e violão, recordando algumas músicas dos anos 80, como a do pessoal do 14 Bis, Fagner, Geraldo Azevedo, enfim, além de nossas composições já conhecidas do público e canções novas que estão no nosso último DVD. A gente espera que o público compareça em grande massa.

Infonet – Quais os maiores desafios da dupla nesses 13 anos de parceria?

A.R – Cada dia a gente está matando um leão. Esse discurso é muito comum, mas é verdade. A maior dificuldade foi a falta de incentivo aqui no Estado em Sergipe. A gente sabe que não existe uma política cultural para que seus artistas possam alavancar os seus trabalhos, mas nós temos a vantagem de ter conseguido abertura de mercado em outros pólos. Nós não vamos generalizar, mas aqui os governantes não têm dado incentivo necessário. Pelo contrário, tem incentivado muito a música baiana, pernambucana tudo que vem de fora. A prova é que eles contratam vários artistas por uma fortuna e não tem dado incentivo para que os artistas sergipanos também se tornem nacionais e tragam recursos para gastar aqui dentro do Estado.

Infonet – E o público sergipano também está indo por esse lado?

A.R – Na verdade, toda regra tem exceção. A gente sabe que tem o público sergipano que tem o interesse que a música e os artistas cresçam, mas é uma parcela muito pequena ainda. O público tem uma parcela de culpa, pois deveria cobrar mais da iniciativa privada, quer dizer, se ele, além de cobrar e valorizar mais o trabalho dos artistas sergipanos, acho que mudaria, sim, a concepção dos nossos governantes.

Infonet – Como foi participar de festivais fora do Brasil e levar a música sergipana para outros países como os Estados Unidos?

A.R – Foi especial, porque nós conseguimos ir aos EUA nove vezes e tivemos também na Guatemala, Honduras, Paris. Então quer dizer, foi um orgulho e privilégio muito grande porque poucos artistas não só em Sergipe, mas no Brasil, cavaram de forma tão ardente uma oportunidade dessa natureza. Nós não só conseguimos levar a música sergipana além fronteira, que hoje nós temos público nesses lugares que é o que nos dá também uma certa sustentabilidade por conta da falta de incentivo, mas acredito que quem ganhou com essas nossas viagens foi o público sergipano, porque levamos a bandeira de Sergipe e tenho certeza que fizemos o nosso papel.

Infonet – Nesses 13 anos de parceria, qual a canção que não pode faltar nos show?

A.R – [risos] bom, na verdade, hoje são várias músicas, mas duas marcaram, até porque marcou o início da nossa carreira, como ‘Serpente’, que é uma música minha que participou do Festival Novo Canto e ‘Fim de Primavera’.

Infonet – O que ainda falta para a dupla Chico Queiroga e Antônio Rogério?

A.R – Nós temos 25 anos de música e 13 anos de dupla, mas o nosso foco é o cenário nacional e iremos continuar lutando para conseguir. Além disso, que o Brasil nos reconheça como reconhece um Caetano, Djavan, Jorge Vercilo, Geraldo Azevedo e tantos outros artistas, que, assim como nós, batalharam e conseguiram. Então, esse é o nosso foco constantemente, mas enquanto não acontece, vamos fazer o nosso trabalho dentro do Brasil como participar do projeto Pixinguinha, até um desses empresários dizer ‘opa’ chegou a hora de vocês [risos]. Mas agradecemos todo o público que curte o nosso trabalho. E, os que não curtem, não percam tempo e prestigie a gente e vá conhecer um pouco do nosso trabalho no Coqueiral [risos].

Por Aisla Vasconcelos

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