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Grupo é natural do Macapá, e representa a comunidade quilombola do Curiaú (Fotos: Portal Infonet)
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O grupo amapaense ‘Raízes do Bolão’ foi o anfitrião do Museu da Gente Sergipana na tarde desta sexta-feira, 6. Integrando a segunda etapa do Circuito Sonora Brasil – Formação de Ouvintes Musicais, a apresentação chamou a atenção dos convidados e visitantes. Em uma iniciativa do Sesc, o Circuito traz a temática “Tambores e Batuques” para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Natural do Macapá, o grupo representa o quilombo do Curiaú e leva sua tradição através dos cantos passados de geração em geração. Os temas religiosos e a liberdade do povo negro são a principal matéria dos cânticos. “Nem sei dizer quando o grupo começou, mas vem desde antes do meu pai. Minha avó nasceu em 13 de maio de 1888, no dia da Abolição da Escravatura. E desde lá ela já nos ensina a cantar a liberdade. Ela passou para meu pai, que passou para mim, e eu vou passando para os meus netos”, conta Pedro Bolão, representante do grupo.
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O som do Dobrador, do Amassador e da Caixa de Marabaixo – instrumentos regionais trazidos pelo Raízes do Bolão – despertou a curiosidade dos presentes. “A gente usa para marcar o ritmo e guiar o batuque”, explica Pedro.
De acordo com Fábio Oliveira, analista em música do Sesc, o objetivo do Circuito é despertar a discussão sobre a música brasileira sob a luz de diversos temas. “A idéia é que não haja repetição. A gente sempre traz um grupo novo, com uma abordagem diferente. Dessa vez, a escolha do tema ‘Tambores e Batuques’ tem a ver com o fato de que ele é bastante amplo, e permite o debate sobre a música passada através da tradição oral”, expõe.
A dinâmica do Circuito inclui quatro grupos por tema de discussão, sendo uma apresentação por etapa. Duas novas apresentações estão confirmadas até o fim do ano no Estado: os grupos ‘Samba do Cacete’, do Pará, e ‘Samba Tocos’, da Bahia, visitam Aracaju e Nossa Senhora do Socorro em novembro e dezembro.
Por Nayara Arêdes e Verlane Estácio
