“A Stultifera Navis já apresentou quatro espetáculos em todos os anos de sua existência. De todos eles, creio que este é o mais bem elaborado de todos. Fizemos uma pesquisa profunda e ensaiamos por mais tempo”, explica Lindemberg, que conta sobre a primeira apresentação da peça, ocorrida no Festival do Crato, no Ceará. Segundo ele, a receptividade do público foi muito boa, porém, a ressalva é que todos eram artistas ou pessoas ligadas ao meio, “um público mais específico”. De acordo com as atrizes Morgana Barbosa, Camilla Monteiro e Érica Regina, “Clarice” foi baseada em quatro contos de Lispector: Felicidade clandestina, Preciosidade, A menor mulher do mundo e A paixão segundo GH. “A peça retrata a religião, o mito da divindade”, explica Érica. Segundo as atrizes, são abordadas três fases da mulher durante a encenação: a fêmea, a guerreira e a mãe. “São três fases da mulher que estão dentro dela. Esse é um processo pelo qual toda mulher passa”, diz Camilla. Morgana complementa: “É a transformação, o processo de criar, de reviver o que ela passou, a procura pelo ‘eu’”. A escolha pelos textos de Clarice se deu por um motivo, porque ela “é a que retrata melhor o universo feminino, apesar de sempre negar isso”, dizem as garotas. “’Clarice’ trabalha com o sensorial, com ervas, com o cheiro. Essa é uma característica nossa: queremos que a pessoa não saia sem ter sido provocada de alguma forma. Nosso objetivo é promover uma reflexão. A função do teatro é acrescentar, fazer com que a pessoa reflita, não é apenas estimular o momento presente”, diz Lindemberg. Resumindo, ‘Clarice’ é uma peça feminina, direcionada para todas as pessoas. É algo profundo e será apresentada apenas uma vez durante esta semana, portanto, é bom não perder a oportunidade de assisti-la. A peça será encenada hoje, no Sesc Centro, a partir das 20 horas. A entrada custa R$ 5,00. O grupo é composto pelas atrizes já citadas e pelas instrumentistas Bey Trindade e Mônica Rafaela. Amanhã, a Stultifera Navis inicia a oficina “Ritual do encontro”, também no Sesc Centro, durante a manhã. Mais informações podem ser obtidas através dos telefones: (0xx79) 9979-0546 ou 9963-9983.
“A peça é uma missa feminina”. O que isso significa? Só vendo. A definição do início do texto é sobre a peça “Clarice”, baseada em obras da autora Clarice Lispector e encenada pela companhia de teatro Stultifera Navis. De acordo com Lindemberg Monteiro, diretor, “Clarice” fala sobre o universo feminino, sobre três personagens que estão dentro de cada mulher. Érica, Camilla e Morgana
TEATRO RITUAL – De acordo com o diretor, um aspecto se destaca na encenação do espetáculo, a questão do teatro ritual. Segundo ele, o único grupo em Sergipe que trabalha com esta característica é o Stutifera Navis. Lindemberg Monteiro
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