Coletivo busca alternativa para comunidade negra

Rota de Escape: visibilidade e ancestralidade (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Incentivar o acesso da produção fotográfica à comunidade de baixa renda e, especialmente, negra. Esta é a proposta do Coletivo Câmera Escura, que realiza a primeira exposição Rotas de Escape, no Centro Cultural de Aracaju. Com destaque, o olhar do artista plástico colombiano Wilber Lareus, que se tornou fotógrafo, que traz para Sergipe o resultado de suas pesquisas relacionadas aos povos afro e indígenas colombianos.

Apesar da exposição se resumir à tarde deste sábado, 2, os organizadores da Rotas de Escape têm a perspectiva de expor o acervo do artista colombiano em uma exposição itinerante para que a comunidade sergipana tenha acesso e conheça a essência da sensibilidade do artista.

Os locais para as futuras exposições ainda estão sendo analisados, segundo Luíza Bomfim, uma das coordenadoras do evento. A ideia, conforme frisou, é fomentar o diálogo, através da arte, entre o Brasil e a Colômbia, e mobilizar a comunidade negra para buscar alternativas que possam viabilizar o acesso desta população à arte da fotografia.

Fotos destacam a elegância da mulher negra Luíza Bomfim: incentivo ao acesso à produção fotográfica

O elevado custo dos equipamentos fotográficos tornam-se um grande entrave e faz da fotografia uma arte elitizada, segundo o entendimento de Luíza Bomfim. “Muitos têm talento, mas desistem por causa dos custos, mas podemos buscar alternativas, através do Coletivo, para que as pessoas de baixa renda possam adquirir os instrumentos”, ressaltou.

Por Cássia Santana