(Foto: Secom) |
Representantes do Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Sergipe (Iphan/SE), da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Prefeitura Municipal e Sociedade Civil se reuniram na última quarta-feira, 2, para realizar um diagnóstico acerca da situação da Praça São Francisco, localizada em São Cristóvão. O objetivo é que, a partir desta Consulta Pública, seja elaborado um Plano de Gestão para preservação do monumento que há cinco anos foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como o 18º Patrimônio Mundial no Brasil.
Realizada pela Comissão Gestora da Praça São Francisco, a Consulta Pública que ocorreu no Salão sagrada Família do Convento do Carmo, em São Cristóvão, contou com a presença de dezenas de moradores que sugeriram propostas visando à manutenção da Praça.
A dinâmica ocorreu da seguinte forma: os presentes se dividiram em três grupos onde discutiram questões referentes à infraestrutura e meio ambiente, culturais e turísticas e socioeconômicas. Logo após, os grupos se reuniram e debateram as propostas em conjunto. Todos os questionamentos foram anotados em ata por membros da Comissão e serão abordados de forma mais detalhada na próxima reunião que está marcada para o próximo dia 29, às 9h, na sede do Iphan, em São Cristóvão.
Plano de Gestão
O Plano de Gestão da Praça São Francisco é uma recomendação da Unesco que, elaborada pela Comissão Gestora, deve entre outras ações, fomentar a ação compartilhada entre os poderes públicos e a sociedade civil; estabelecer um sistema de monitoramento de longo prazo para conservação do espaço; e dar apoio à demais ações que visem identificar, proteger e conservar os bens que compõem a Praça e seu entorno.
De acordo com o presidente da Comissão Gestora e superintendente do Iphan Sergipe, Kléber Rocha Queiroz, a realização da Consulta Pública obteve um resultado positivo considerando que todas as esferas afetadas estavam presentes. “É importante que haja esse diálogo com a comunidade que é a parte primeira disto. Nós queremos a Praça São Francisco em perfeito estado acima de tudo para eles, para que tenham o sentimento de pertencimento, afinal a Praça é um Patrimônio Mundial e um patrimônio deles também”, relatou.
Segundo a representante titular da Secult, Marta Soraya Andrade, a participação da sociedade civil é fundamental e a Comissão está disposta a ouvir o que cada membro da comunidade tem a dizer sobre a Praça São Francisco. “Quando institucionalmente nos organizamos e conhecemos a demanda da população é que nós legitimamos esta ação, seja junto a Unesco, seja junto ao Órgão Estadual ou Municipal, a Comissão tem o papel de porta-voz da comunidade são cristovense”, explicou.
Sociedade Civil
Membro da Sociedade Civil que compõe a Comissão Gestora da Praça São Francisco, Júnior Macário, considerou importante a participação da população durante a Consulta Pública. “Para nós moradores, ter um patrimônio reconhecido mundialmente é muito significativo. O que precisamos fazer é cuidar da nossa cidade somando forças com outras esferas que também tem o interesse de contribuir para manutenção desse título para São Cristóvão”, opinou.
Moradora do Município há 63 anos, Magna Bastos foi uma das mais participativas no debate. Para ela, manter a Praça bem cuidada é fundamental. “A reunião foi proveitosa em termos de ideias, ficamos agora na expectativa para que elas sejam postas em prática e consigamos fazer algo de positivo para nossa cidade”, enfatizou.
Chancela da Praça
A Praça São Francisco está inscrita na lista de Patrimônio Mundial da Unesco desde agosto de 2010, com base nos critérios de valoração N° II que se refere à questões como: intercâmbio de valores humanos, ao longo do tempo ou dentro de uma área cultural do mundo; e N° IV, visto que se trata de um exemplar excepcional de um tipo de edifício, conjunto arquitetônico ou paisagem que ilustra estágios significativos da história humana.
Representando a Prefeitura local na Consulta Pública, a secretária de Cultura e Turismo de São Cristóvão, Dilene Miranda Job, ressaltou a importância de ter no município um patrimônio reconhecido pela Unesco e reafirmou o compromisso de diálogo entre as três estâncias governamentais. “Essa união Federal, Estadual e Municipal é importante para que a gente busque resolver questões que, principalmente nos tempos de dificuldades, nenhuma destas esferas conseguiria sozinha. Nós temos a condição de, a partir disto, ter um desenvolvimento econômico para a população através do turismo, mas antes de tudo, temos que nos preparar e este é o primeiro passo”, considerou.
Fonte: Ascom Secom
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