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Barco de fogo 'execução' em Estância no São João de 2015 (Foto: Arthuro Paganini/Arquivo Portal Infonet) |
O tradicional concurso dos barcos de fogos, natural do município de Estância, não acontecerá esse ano. A decisão foi informada pela prefeitura da cidade, reforçando que o cancelamento do evento foi em comum acordo com a Associação de Fogueteiros. De acordo com o secretário de comunicação de Estância, Luiz Carlos Dussantus, muitos barcos não cumpriam os critérios de segurança, e em reunião nesta terça-feira, 27, fogueteiros e prefeitura optaram por cancelar o concurso e retomá-lo no ano que vem, com regulamentação prévia.
O grande espetáculo pirotécnico em que os barcos desfilam em uma espécie de varal é uma dos eventos mais atraentes do São João nordestino. Normalmente o concurso acontece no dia 24 de junho, mas neste ano, já havia sido adiado para o São Pedro, dia 29, pelos mesmos motivos que levaram ao cancelamento. “Existe hoje uma regulamentação para o tamanho dos barcos e uso de artefatos pirotécnicos. O barco deve ter no máximo 1,20 m de comprimento e 1,0 m de altura. Somente três estavam respeitando esses critérios, outros chegavam a ter 2,0 m, por isso decidimos primeiro adiar, e agora cancelar o evento”, afirmou Dussantus.
Ainda em reunião nesta terça-feira, a prefeitura informou que no ano que vem a Associação dos Fogueteiros ficará responsável pela organização e organização do evento. A prefeitura manterá apenas o prêmio do concurso. “Foi um pedido deles para que assumissem a organização. Então segurança do público, logística do evento e estrutura ficará a critério deles. Nós apenas manteremos o pagamento do prêmio”, acrescentou o secretário de comunicação.
Tradição continua
Apesar do cancelamento do concurso, Dussantos explicou que a tradição esteve presente neste São João no município. Isso porque os três barcos que respeitavam os critérios de segurança exigidos tiveram aval e foram ‘acesos’ defronte o público que esteve no município no São João, mas sem caráter de concurso ou benefício de premiação.
Por Ícaro Novaes