‘Cuba dos cubanos’ ganha espaço na Mostra Aracaju 2008

Álvaro Villela / Foto: Divulgação
De volta à Aracaju, a exposição fotográfica ‘Cuba dos cubanos’, de Álvaro Villela, ocupará o espaço da Galeria de Artes da Mostra Aracaju 2008, na quinta-feira, 30, através de dez imagens cheias de cor e vida, feitas em homenagem ao cinqüentenário da Revolução Cubana, comemorado este ano. A obra apresenta um conteúdo sociológico que revela, longe dos clichês tão amplamente alardeados, o jeito altivo de ser dos cubanos. Na ocasião, o artista lançará um catálogo com todas as composições do trabalho realizado durante sua passagem por Cuba, em 2004. Atuando como fotógrafo há 20 anos, Álvaro Villela está sempre participando de exposições coletivas e individuais em museus, centros culturais e galerias de diversas cidades brasileiras. Muitas de suas obras já foram adquiridas por importantes instituições culturais. Confira a entrevista abaixo:

Mostra Aracaju – Como surgiu a idéia de fazer “Cuba dos Cubanos”?Álvaro Villela – Sempre alimentei uma profunda admiração pelos cubanos e pelos ideais que nortearam a revolução. Fui passar apenas uma semana em Havana. Depois de nove dias, caminhando pelas ruas da ‘Habana Vieja’, conhecendo gente, conversando muito, senti necessidade de conhecer mais do que as agências internacionais de comunicação deixam passar. Aluguei um carro e tracei um roteiro até Santiago de Cuba, cidade histórica cubana, perfazendo um total de 2.580 km rodados pelo país durante um mês. O próprio nome da exposição demonstra a minha falta de imparcialidade. Meu olhar tem lado! Minha fotografia tem opinião! Sou pelos cubanos e resolvi oferecer aos brasileiros outro olhar para essa questão, contribuindo assim, para uma maior reflexão sobre o assunto.

Uma das imagens que compõem a exposição do fotógrafo
MA – Essa exposição já foi vista no Brasil?
AV – Sim. Esteve pela primeira vez no Brasil no dia 26 de julho de 2005, no Rio de Janeiro. Nesta data eles comemoram a tentativa frustrada de tomada do Forte Moncada, em Santiago de Cuba, no ano de 1958. Este movimento é considerado pelos historiadores cubanos como o estopim para a revolução que veio um ano depois.

MA – As fotos foram feitas em quais cidades?
AV – Havana, Cruces, Trinidad, Camaguey, Baiamo, Santiago de Cuba, entre outras.

MA – Quantas imagens constarão nesta exposição?
AV – A exposição completa possui 50 imagens que, inclusive, através do programa de arte visual itinerante do SESI-SP, vem circulando por todo o Estado de São Paulo e continuará por mais quatro anos. Na versão da Mostra Aracaju, a exposição está condensada em 10 imagens.

MA – Fazer fotografia é um trabalho pra você, um dom, uma missão, um hobby? Ou uma mescla disto tudo?
AV – Li uma vez, um comentário do Pedro Vasquez que também é fotógrafo e crítico de arte o qual achei fantástico. “Será felicidade, essa doce euforia que sinto quando fotografo?”, dizia ele. Em poucas palavras, a fotografia é a forma que eu encontrei de me articular com o mundo. É trabalho, é paixão, é tesão. É meu espelho. Enfim, é “um não sei o quê” que toma conta de mim.

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