Curta-SE chega aos 10 anos com recorde de inscritos

Entre 14 e 18 de setembro será realizada a 10ª edição do Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-se), que acontece simultaneamente em Aracaju, Laranjeiras, São Cristóvão e Estância. O evento que notadamente cresceu em uma década de existência, registra neste ano o maior número de inscritos: 430 ao total.

A categoria ‘vídeo’ foi a que teve mais inscrições – 290 -, seguido de curta ‘35 mm’ – 99. São Paulo é o Estado que terá mais realizadores, com são 111 ao todo. Sergipe registrou 23 inscritos. Para falar sobre os detalhes desta edição e os 10 anos do Curta-SE, a equipe do Portal Infonet entrevistou a idealizadora do festival, Rosângela Rocha, que contou com exclusividade algumas atrações confirmadas no evento de 2010, confira.

Portal Infonet – A edição deste ano já bateu o recorde no número de inscritos. A que se deve o sucesso do festival?
Rosângela Rocha – Acredito que pela característica do festival, mas como também da competência da escolha dos filmes, da seleção, pela qualidade do evento que vem cada vez mais ganhando notoriedade no meio. Então eu acho que sem querer desmerecer, até pelo que a gente ouve, o evento tem qualidade na sua realização. Demos um destaque merecido ao Estado através do Curta-se

Rosângela revelou que as atrações musicais serão mais um destaque
InfonetTodos os anos o Curta-SE conta com participantes internacionais, quais países terão representantes neste ano?
RR – Ano passado tivemos participantes da Espanha e México. Este ano vamos repetir, pois eles estão escrevendo mais filmes. Inclusive temos uma mulher como diretora de um dos selecionados de fora, o que é um fato inédito. São Paulo é o Estado que tem maior número de representantes até pela quantidade de filmes que é produzida lá, depois vem Rio de Janeiro, Minas Gerais, no Nordeste Pernambuco, Bahia e o Ceará.

Infonet O que mudou na cena cinematográfica em Sergipe nessa última década?
RR
– Em Sergipe mudou muita coisa nos últimos 10 anos até pela persistência da produção. Houve uma evolução na qualidade, mas ainda há muito a ser melhorado. A diversificação de gênero também mudou, antes eram apenas documentários, hoje tem ficção, boas animações e tivemos um grande número de inscritos. Vamos reforçar com a premiação financeira para estimular o realizador a investir no próximo projeto.

InfonetTodos os filmes são exibidos durante o evento?

 

RR – Não até porque a gente não tem tempo hábil para isso, vamos vai deixar a disposição alguns vídeos e curtas para as pessoas que queiram escolher para assistir em uma sala, talvez no próprio Shopping, como já foi feito algumas vezes, aí as pessoas podem pegar na lista e assistir na hora.

InfonetComo está o conceito do Curta-SE no cenário nacional, as pessoas reconhecem?
RR
– A gente sempre ouve em reuniões e nos festivais que vamos fora, sempre escutamos elogios até em festivais grandes como o de Gramado, as pessoas chegam e vêm falar sobre o festival.

InfonetAlém das mostras, o Curta-se também abre espaço para oficinas e workshops, o que vai ter na programação deste ano?
RR
– A gente procura ver o que está sendo discutido em âmbito nacional para podermos trazer a nível local, mesmo porque nem todo mundo tem acesso ao que Rio, São Paulo, Brasília estão discutindo. E a idéia do festival também é reflexiva. A oficina é um pouco de instrumentalizar os jovens locais para aprender um pouco do fazer. Vamos realizar uma oficina de animação em parceria com a ‘Ponta um de cultura de animação’, de Pernambuco, onde vai ser trabalhada a animação de traço, com mesa de luz. Também vão ter mesas para discussão de direitos autorais que é uma coisa que está em destaque. Praticamente é a mesma receita dos outros anos.

InfonetO Curta-SE não se concentra apenas em Aracaju, mas em outras cidades de Sergipe. Quais são elas?
RR
– Em Aracaju vamos ter a abertura e encerramento no Teatro Tobias Barreto, Cinemark com a exibição de 35mm e dos longas, Laranjeiras, São Cristóvão e Estância. Vamos ter passeios com os convidados nas cidades para conhecer o ambiente do Patrimônio Histórico, os grupos folclóricos, passeio pelo litoral como Ilha da Sogra, Mangue Seco.

Infonet Muitos empregos temporários são gerados pelo festival, não é mesmo?
RR – A gente trabalha em média com 40 pessoas, além disso, contratamos serviços, seja transporte, hotel, investimos no local. Diferente de outros eventos em que você vê que o aporte vai para fora. Temos muitos universitários que trabalham como monitores e são remunerados.

InfonetQuais serão as premiações deste ano?
RR
– O evento vai premiar com R$ 10 mil os três primeiros colocados sergipanos, será dividido em R$ 5 mil para o 1º lugar, R$ 3 mil para o 2ª e R$ 2 mil para o terceiro. O Banco do Nordeste também irá premiar com o valor de R$ 10 mil o melhor longa e com R$ 5 mil o melhor curta metragem. O Quanta estúdios vai dar R$ 8 mil para o melhor curta de 35mm de ficção e R$ 5 mil para o melhor vídeo sergipano, isso em maquinários e iluminação.

InfonetQuais são as parcerias do festival?
RR
– Temos parceria com Secretaria de Cultura, prefeitura de Aracaju, prefeituras locais, Governo do Estado, BNB, Banese, Petrobras que é a patrocinadora do festival junto com o Ministério da Cultura, Sebrae, Quanta Trilhas, Portacurtas, Cinerama Brasilis e Sincrônica Trilhas.

matéria alterada às 10h07 para correção de informações

Por Bruno Antunes

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