Curta-SE: Lunáticas e Lícia na Orla das Maravilhas

(Foto: Gustavo Marques/ NPDOV)

O Centro Cultural de Aracaju recebeu nas últimas quinta e sexta-feira, 11 e 12, respectivamente,  as performances Lunáticas (P1), de Luiz Vianna, e 'Lícia na Orla das Maravilhas' de Carolina Berger, durante o projeto Curta-SE Live Cinema. Músico e artista plástico por formação, o performer Luiz Vianna comandou Lunáticas (P1) e durante mais de uma hora e mostrou a interação entre som e imagem. "Faço esse tipo de trabalho há cerca de quatro anos quando resolvi fazer o meu Mestrado. Desde então, comecei a construir essas interações e participo de festivais. Trata-se de um sistema interativa que alia música e imagens", explica Vianna que esteve em Aracaju pela primeira vez.

Luiz Vianna explicou o processo de composição de Lunáticas e como desenvolve seu trabalho para aliar música e imagens. "Construo as telas e as partituras que apresento. Normalmente, essa criação ocorre de forma paralela mas a sintonia é natural na montagem de todo o sistema interativo de som e imagens", explicou o artista mineiro.

Já na interação 'Lícia na Orla das Maravilhas', a performer Madame C. B. cria uma base de dados (imagens e sons) com os registros que Lícia faz de sua vida. Os arquivos são manipulados no espetáculo em tempo real para emanar as sensações sonorovisuais de uma metamorfose mnemônica do corpo performático de Lícia. Madame C.B. junta as memórias sonorovisuais de Lícia e cria um relato performático que diz e faz vibrar o que todas estão vivendo no trecho de estória, ao mesmo tempo trecho de mundo onde a performance acontece.

Para Carolina Berger, o intuito é criar uma consciência sobre a importância da relação entre a natureza e as representações mitológicas femininas, trazendo uma perspectiva de conciliação entre masculino e feminino, tendo em vista as agressões da cultura machista ainda latentes, e muito, na sociedade contemporânea.  "Artisticamente é experimentar uma narrativa transmídia (literatura, fotografia e performance) e a partir disso fazer com que o público acompanhe as estórias que acontecem em cada performance. Há uma tríade feminina, há a representação do encontro das águas, há a estrada e há mundos a percorrer. As performances em tempo real são também pensadas como uma forma de desmistificar a tecnologia e aproximar o público da arte do Live Cinema", completa.

Durante a performance o público interagiu e aproveitou bastante a atividade. Carolina disse ter achado muito genuína a participação dos presentes e de forma aberta, sem preconceitos. "O público nunca interage da mesma forma nas performances do projeto #LiveLivingPerformance. No caso do público de Aracaju, fiquei impressionada com a mistura de curiosidade e a vontade do público em participar. O que me move a fazer esta performance, a dinâmica de interação é conhecer as motivações e a humanidade das pessoas,  através de uma atmosfera ritualística que às vezes causa estranhamento. O público de Aracaju participou plenamente, sem preconceitos, e atuaram com muito respeito, inclusive na hora do diálogo sobre a performance", destacou.

Para Deyse Rocha, diretora da Casa Curta-SE, foi uma excelente performance. "Assim como as outras que trouxemos no Curta-SE Live Cinema, 'Lícia na Orla das Maravilhas' foi extremamente importante para o público local. Com o Live trazemos o ineditismo para Aracaju na área do audiovisual. Estamos muito felizes com o resultado até aqui", afirmou.

Para Rosângela Rocha, idealizadora do projeto e diretora do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPDOV), o Curta-SE Live é um momento imperdível para envolvidos com cinema e audiovisual. "O Live traz algo que está à frente do que ocorre atualmente. Existem nas atividades programadas até janeiro uma diversidade de formatos nos processos interativos trazidos aqui. Para o NPDOV é uma honra muito grande apoiar este projeto que traz o inovador para Aracaju", destacou.

Premiados

Luiz Vianna e Carolina Berger foram selecionado para participar do Live Cinema e premiados após a apresentação dos seus trabalhos. "Fizemos esta seleção e, além de premiar as obras e artistas selecionados, trouxemos para o público local ter contato com esse tipo de trabalho. A Casa Curta-SE fez isso de maneira inédita e está extremamente satisfeita com o resultado que estamos vendo", disse Deyse Rocha, diretora Geral da Casa.

Vianna aproveitou o momento da entrega do prêmio para elogiar o evento e destacar o trabalho que se tem para manter. "Festivais que trazem essa arte estão cada vez mais escassos e só tenho a parabenizar a Casa Curta-SE por continuar desenvolvendo este trabalho. É pioneiro aqui e por isso abre portas para outras atividades como essa", enfatizou.

Apoio

O Curta-SE Live Cinema segue até o dia 20 de janeiro e tem apoio do Fundo Nacional de Cultura, do Governo de Sergipe e da Prefeitura de Aracaju, o Curta-SE Live Cinema é uma realização da Casa Curta-SE e do Ministério da Cultura/ Governo Federal.

Fonte: Ascom

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