Deborah Colker de volta a Aracaju com “Cruel”

Corpos em movimento que contam histórias quase sempre cruéis, esta é a proposta do 9º espetáculo da Cia Deborah Colker, intitulado ‘Cruel’. Os 17 bailarinos que compõem um dos mais renomados grupos de dança do mundo estarão de volta ao palco do Teatro Tobias Barreto nesta terça, 12, e quarta, 13, para, mais uma vez, encantar o público sergipano.

 

A coreógrafa carioca, que esteve pela última vez em Aracaju em abril de 2007 com “Nó”,  idealizou o novo espetáculo com a colaboração de Fernando Muniz, com quem dialogou durante o processo de criação. Além disso, contou com o auxílio do diretor de teatro Gilberto Gawronski, com quem os movimentos ganharam forma e intensidade através da cultura teatral, já estava impregnada no trabalho de Deborah Colker há pelo menos 24 anos.

 

Numa construção coletiva, que durou cerca de um ano e meio, outros elementos foram incorporados ao novo trabalho, como um texto de Fausto Fawcett e uma história escrita por Fernando Muniz. “Todas essas colaborações acabaram servindo como munição nesse processo criativo, sendo absorvidas através da dança e criando uma costura nas situações que se apresentam”, conta Deborah. “Mas o que se verá não é novela, não é teatro. É dança”, pontua a coreógrafa. O espetáculo de dança se desenvolve em quatro principais momentos, em dois atos.

 

Primeiro Ato

 

Fotos: Divulgação
No primeiro deles, há a preparação para um baile, com gestuais, situações e objetos da experiência cotidiana. Em seguida, à volta de um grande lustre redondo e rendado, que ocupa o centro do palco, e ao som de uma valsa de Vivaldi, de Nelson Gonçalves ou mesmo das palavras leves e roucas de Julie London, transcorre, em clima de reminiscências, o grande baile, com pas-de-deux, movimentos líricos e a lembrança viva dos romances nos grandes salões: a paixão, o arrebatamento, o encontro do par perfeito, da cara metade.

 

Aos poucos, pequenas transformações de climas e intensidades denunciam o curso do tempo. Toma lugar em cena uma grande mesa móvel (de 5 metros de comprimento). É em torno dela que se desenvolvem as relações familiares, os encontros e desencontros que marcam as mutações dos afetos.

 

Segundo momento

 

No segundo ato de Cruel, um jogo de grandes espelhos que se movimentam empresta um tom surrealista ao espetáculo. Fragmentos dos corpos atravessam as estruturas, pessoas se entremeiam e se confundem.  Nesse cenário de reflexos e luzes, cada um está mais só e experimentando o acúmulo de suas histórias pessoais. Sua nova aposta está no encontro entre o violento e o amoroso, o cruel e o sensível.

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