Dia da Consciência Negra é celebrado no Museu da Gente

Apresentação de capoeira na tarde deste sábado (Fotos: Portal Infonet)

Dando continuidade às celebrações do Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado no último dia 20 de novembro, o Museu da Gente Sergipana Governador Marcelo Déda, realizou na tarde deste sábado, 22, uma programação especial para os visitantes. O momento foi marcado pela comemoração do Parecer favorável à candidatura da Roda de Capoeira ao título de Patrimônio Imaterial da Humanidade e pela apresentação do espetáculo teatral 'Como Nasce um Santo', da Cia, Boca de Cena.

As duas apresentações chamaram atenção de quem visitava o museu pela primeira vez. Para o diretor de Projetos e Programas do Instituto Banese, Marcelo Rangel, o momento é de celebração. “Estamos comemorando o Dia da Consciência Negra mostrando o talento dessa juventude negra, guerreira que foi contemplada com o prêmio nacional com a peça “Como Nasce Um Santo” e com a notícia da roda de capoeira ser candidata ao titulo de patrimônio da humanidade. Portanto, unimos as duas celebrações”, destaca.

Terezinha Oliva "Reconhecimento é uma avanço" Capoeiristas eceberem a publicação da coleção Dossiês IPHAN

Para a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em Sergipe, Terezinha Oliva, o reconhecimento da capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade é um passo importante para a cultura negra. “A capoeira desde 2008 está registrada pelo Iphan como patrimônio cultural do Brasil. Isso é muito importante porque se a gente pegar nossa história e remontando ao tempo em que o Brasil tinha vergonha de ser negro, esse reconhecimento é de um significado imenso. E essa é outra conquista, uma vez que a capoeira pode ser reconhecida como patrimônio cultural”, comemora.

Na oportunidade, os capoeiristas fizeram uma roda de capoeira, além de receberem a publicação da coleção "Dossiês IPHAN – Roda de Capoeira e Ofício dos Mestres de Capoeira".

Por Eliene Andrade