A autora Díjna Torres durante o lançamento (Fotos: Portal Infonet) |
O Museu da Gente Sergipana foi palco nesta sexta-feira, 11, do lançamento do livro “Mulher Nagô” que tem como autora a jornalista Díjna Andrade Torres. O lançamento foi prestigiado por familiares, amigos e admiradores do trabalho da autora.
O livro é resultado de um projeto de pesquisa de mestrado em sociologia elaborado para a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e trata das questões de gênero e liderança feminina no terreiro de candomblé no município de Laranjeiras em Sergipe.
De acordo com a jornalista Díjna Torres, a obra traz um relato da história de tradição vivida e repassada através da ótica feminina. “Esse terreiro é secular, tem uma tradição que foi trazida da África e toda essa tradição que eles carregam me chamou atenção. O terreiro é liderado por uma mulher muito jovem e essa questão do gênero é bem forte no livro e eu trago isso bastante, justamente porque nas religiões ocidentais, majoritariamente são os homens que dominam como padres, pastores, mas na cultura africana, a mulher também tem esse papel de liderança. Acho importante trazer isso para os dias atuais, já que nesse momento a gente tem batido tanto a questão do machismo e vemos que as mulheres são líderes delas mesmas e conseguem liderar famílias e casas de terreiro com sensibilidade e força muito bem”, conta.
Díjna Torres autografando o livro de Laiany Santos
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Laiany Santos esteve no Museu da Gente e aproveitou a oportunidade para prestigiar a amiga. “Sou feminista e estudo as relações da mulher no campo rural e das quilombolas. O tema é interessante porque traz a questão cultural. Estou na expectativa de ler o livro”, diz.
O suíço que atualmente reside em Ilhéus/BA, Fred Lienhard, está de férias em Aracaju e se encantou pelo tema. “Sou filho de pai de santo e só conheço os terreiros de Salvador. Soube desse lançamento e quis prestigiar e conhecer um pouco sobre o terreiro de Sergipe”, afirma.
Sobre a autora
Díjna Andrade Torres nasceu em Aracaju, é jornalista e desde a graduação desenvolve estudos com ênfase em produções nas áreas de cultura popular, educação e religiosidades afro-brasileiras. No campo profissional, a autora transita pela Comunicação e as Ciências Sociais, especialmente no que se refere a pesquisas na região Nordeste, através de pesquisa de campo com grupos e práticas seculares dentro do escopo da cultura popular e religiosidades. Tem mestrado em Sociologia, pela Universidade Federal de Sergipe, e atualmente é doutoranda em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Por Aisla Vasconcelos
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