O historiador simãodiense Jorge Bastos pensando em preservar a memória de sua terra natal, lança o livro “Simão Dias – tempos e narrativas”, oferecendo ao leitor aspectos da história de Simão Dias, em capítulos que delineiam os meandros de sua evolução, traçando e entrelaçando os fatos a partir de uma escrita leve.
Publicado pela Editora Diário Oficial de Sergipe – Edise, o evento de lançamento acontece no dia 13 de janeiro, a partir das 18h30, no Centro de Memória Digital de Simão Dias Professora Enedina Chagas, localizado na avenida Cel. Loyola, n. 172, Simão Dias (SE).
Sua iniciativa para escrever a obra, iniciou quando lia a publicação do escritor e jurista Vlademir Souza Carvalho, intitulada “Vila de Santo Antônio de Itabaiana”. “Descobri fatos curiosos sobre sua história, a qual me levou a escrever Simão Dias – tempos e narrativas”, explica Jorge Bastos. Uma obra com linguagem simples, com espírito de cuidadoso pesquisador e muito fôlego, ele inicia a publicação com a ida do vaqueiro Simão Dias Francês para as Matas do riacho Caiçá – local que já abrigava remanescentes dos índios Tapuias – para cuidar do gado de Braz Rabelo.
No decorrer de oito capítulos, Jorge Bastos também relembra a evolução do Ensino Primário e Secundário e os debates políticos envolvendo facções partidárias. A política envolveu rivalidades entre filarmônicas, nas mudanças do local das feiras, nos times de futebol e até entre os ginásios. Ao comentar sobre os prédios antigos, o historiador não se esqueceu das edificações admiráveis que foram demolidas. O livro trata ainda do histórico das filarmônicas da cidade, com destaque para a Lira Sant’Ana.
Para a historiadora Josevanda Mendonça Franco, ao escrever a história de uma sociedade, para além dos desafios que naturalmente se estabelece, o autor demonstra o seu comprometimento coma preservação da memória dos processos de construção, de pessoas, dos eventos e dos significados individuais e coletivos fixados em tempos e espaços tão diversos quanto diferenciados, mas igualmente fundamentais para a efetividade da relação de pertencimento que unifica história, cultura e sociedade.
Para Carlos Alberto de Oliveira Déda, que prefaciou a obra, Simão Dias tem uma boa tradição cultural e isto tem despertado a atenção de muitos estudantes e professores na realização de trabalhos acadêmicos, escrevendo artigos, monografias e teses, abordando fatos da história simãodiense. “Recomendo a leitura do livro do jovem e inteligente conterrâneo, de modo a ativar nossa memória para preservar a história da querida terra berço”, destaca.
Na ocasião, Jorge Bastos lançará também “Uma história de tradição e fé: Paróquia Senhora Sant’Ana de Simão Dias”.
Jorge Bastos
Nascido no povoado Lagoa Grande, em Simão Dias (SE), filho de Enoque Leopoldino Bastos e Maria de Lourdes Souza Bastos. Estudou o ensino primário no extinto Grupo Escolar Carlos Alves e o curso secundário na Escola Estadual Dr. Milton Dortas, atual Centro de Excelência. Formado em Licenciatura Plena em História, pela Universidade Federal de Sergipe (2002), é professor efetivo da Rede Pública Municipal de Simão Dias. Exerceu a função de preceptor da Universidade de Uberaba (MG). Pela Faculdade Redentor fez sua pós-graduação lato sensu em Psicopedagogia Institucional (2007). Foi colaborador da obra “Simão Dias: Tradição e História”, organizada pelo jornalista e poeta, Amaral Cavalcante (in memoriam), com o capítulo intitulado “Tempos áureos de nossa cidade”, publicado em 2020, pela Edise.
Fonte: Edise
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