Espetáculo se apresenta no domingo (Foto: Marcelinho Hora) |
No próximo domingo, 15, às 18h e 20h30, a Eitcha Companhia de Teatro apresenta no Teatro Tobias Barreto, o espetáculo “Anjo Negro” baseado na obra de Nelson Rodrigues. A montagem, fruto do Edital Prêmio Cesar Macieira de Incentivo às Artes Cênicas 2014, promovido pelo Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura, foi concebida buscando captar a camada do simbólico, presente nessa obra rodrigueana.
Segundo André Santana, ator e diretor geral do espetáculo, a escolha dessa concepção foi sendo delineada a partir do processo de montagem. “Foram as ações físicas, os jogos cênicos realizados e o percurso criativo de todo o elenco que disparou a ideia de investigar os corpos dos atores e suas potencialidades para a criação cênica de ‘Anjo Negro’”.
Desde o início, havia um desejo da Companhia de montar alguma obra de Nelson Rodrigues, de modo que outros textos como “Álbum de Família”, “A Serpente” e “Vestido de Noiva” foram cogitados para uma possível montagem. Santana explica, porém, que ao pesquisarem sobre “Anjo Negro”, os atores começaram a se identificar com os personagens. “O que nos chamou a atenção, para além da temática, foi o casamento entre os personagens de Nelson Rodrigues e o elenco da Companhia. À medida que líamos a dramaturgia, nós íamos nos identificando com determinado personagem. Não se trata aqui de fazer comparações psicológicas entre os perfis do elenco e das personagens, mas um “matrimônio” físico dos mesmos. O Paulo Ricardo é negro, o André Santana é branco, a Rosana Costa é “alva como uma nuvem”, Rose Ribeiro que interpreta a tia tem a semelhança de Rosana e Luanda Ribeiro é a mais nova da companhia e cabia perfeitamente no papel da filha. A gente costuma brincar assim: não escolhemos ‘Anjo Negro’; ‘Anjo Negro’ nos escolheu”.
A estreia do espetáculo aconteceu no final de outubro, no hall do SESC/centro, espaço onde ocorreu a maioria dos ensaios da Companhia. O público encantou-se com as performances dos atores André Santana, Luanda Ribeiro, Paulo Ricardo, Rosana Costa e Rose Ribeiro, ao interpretarem os personagens desse drama, com pitadas de tragédia. E não faltaram elogios. Para Amanda Steinbach, doutoranda em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia, “a concepção desse espetáculo captou a camada mais difícil e vanguardista da dramaturgia rodrigueana. A quase ausência de objetos cenográficos, a opção pelo não realismo, possibilitou que cada espectador ancorasse a história numa materialidade criada a partir de seus próprios referenciais”.
Agora, a Companhia prepara-se para duas apresentações, marcadas pra o dia 15 de janeiro, às 18h e 20h30, no Teatro Tobias Barreto. Os ingressos limitados estarão à venda, a partir do dia 10 de janeiro na bilheteria do teatro, ao preço de R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). A censura do espetáculo é 18 anos.
Fonte: Divulgação
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