Em entrevista, Luís Miranda fala sobre novo espetáculo

Luís Miranda traz novo espetáculo em Aracaju (Foto: divulgação)

O espetáculo “7 Conto” é o mais novo trabalho do ator Luís Miranda, que está em Aracaju para duas super apresentações marcadas para este sábado e domingo, às 21h e 20h, no Teatro Atheneu. Irreverente, o ator dá vida a sete personagens que utilizam o humor para, de uma forma leve, falar dos problemas que assolam o nosso país. Em entrevista concedida ao Portal Infonet, Miranda fala do espetáculo e de outros detalhes de sua carreira. Confira!

Portal Infonet – No espetáculo você usa o humor para falar dos problemas sociais do nosso país. Como você aborda esses assuntos junto ao público?
Luís Miranda: Os assuntos nascem em tom de brincadeiras irônicas que são abordados pelos personagens, numa narrativa lúdica, muitas vezes são grotescas. Dependendo a gravidade do assunto, por exemplo: o racismo é abordado através da personagem Caroline, uma menina negra que não se identifica com as personagens de contos de fada, que na sua maioria são brancas e de traços arianos fazendo-a se sentir excluída da possibilidade de vivê-la sem sofrer bullying. A milionária excêntrica bêbada e viciada em coisas geneticamente modificadas para criticar os gastos abusivos da burguesia ou a líder comunitária que faz da miséria sua luta de sobrevivência. E por aí vai..

Portal Infonet – No espetáculo você usa o humor para falar dos problemas sociais do nosso país. Como você aborda esses assuntos junto ao público?
LM: Os assuntos nascem em tom de brincadeiras irônicas que são abordados pelos personagens, numa narrativa lúdica, muitas vezes são grotescas. Dependendo a gravidade do assunto, por exemplo: o racismo é abordado através da personagem Caroline, uma menina negra que não se identifica com as personagens de contos de fada, que na sua maioria são brancas e de traços arianos fazendo-a se sentir excluída da possibilidade de vivê-la sem sofrer bullying. A milionária excêntrica bêbada e viciada em coisas geneticamente modificadas para criticar os gastos abusivos da burguesia ou a líder comunitária que faz da miséria sua luta de sobrevivência. E por aí vai..

Portal Infonet  – Com o espetáculo, você prova que o humor também pode ser usado para falar de coisas sérias. Você acha que as pessoas ainda precisam tomar consciência dessa outra vertente do humor?
LM:
Durante um período o nosso melhor humor era o crítico e o que refletia a sociedade fazendo o público se identificar com as paródias e com os assuntos da atualidade. Aí vem o besteirol com a banalização, o riso pelo riso, o humor físico e agora a internet, não consigo fazer nada sem função rir é preciso mais que pensar, enquanto ri é o que busco e pra mim é divino.

Portal Infonet  – Dos sete personagens que você leva ao palco, qual deles chama mais a atenção do público?
LM: Com certeza tem os queridos como Sheila, que inspirou a Dorothy, da novela Geração Brasil, exibida pela Rede Globo, e Dona Edite, líder comunitária, sucesso nas redes sociais, mas em cena o apresentador Detona é um discurso de indignação da corrupção no país.

Portal Infonet  – Como começou essa parceria com a atriz Ingrid Guimarães?
LM- Desde o Sob Nova Direção, onde trabalhamos pela primeira vez  e fortaleceu uma amizade pessoal e familiar, pois nossas famílias são bem queridas uma com a outra. A admiração era recíproca e a convidei para dirigir, ela topou apesar que passados 10 anos eu já transformei totalmente a peça (ela que não leia essa entrevista…Risos). Somos parceiros e temos muitos planos juntos.

Portal Infonet  – Como foi a experiência de viver a Dorothy, de Geração Brasil? Como era a sua relação com o público nas ruas?
LM: Dorothy foi um fenômeno de aceitação pela leveza verdade. Me dediquei durante um ano e meio a fazer isso, cuidado com pele, unhas, andar, voz, tudo pra imprimir a verdade e a delicadeza da personagem, misturada a uma mãe exagerada nas funções maternas e apaixonada pelo filho, na ocasião esse grande amigo e parceiro Lázaro Ramos. Nas ruas todo o trabalho fez sentido, as pessoas torciam pelo romance com o bandido Cidão e vibravam com a sua elegância, algumas pessoas me diziam prefiro você de mulher, muito mais linda. Rsrsrrsrsr

Portal Infonet   – Quais os momentos mais especiais nesses 30 anos de carreira?
LM: São muitos. O Sob Nova Direção que foi meu primeiro trabalho, os filmes que marcaram a retomada do cinema nacional como: “Bicho de Sete Cabeça”, “Carandiru” e “Domésticas”, mesmo com pequenas participações estava lá. No começo de tudo, o Teatro da Vertigem, em São Paulo, onde minha carreira de fato começou e lógico, o “Terça Insana”, que foi o grande responsável por esse surgimento de comédia crítica ácida e politizada que faz rir e refletir. Uma história de 30 anos se faz dessa colcha de retalhos, de coisas que se não tivessem feito, não seria o ator que hoje sou.

Por Verlane Estácio

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