Encontro propõe debate sobre negritude e moradia popular

Encontro acontecerá até o próximo domingo (Fotos: Portal Infonet)

Nesta sexta-feira, 30, Aracaju sedia o II Encontro Setorial da Negritude da União por Moradia Popular (UNMP-SE), envolvendo em sua programação debates, apresentações e palestras com a temática "A luta para inclusão dos negros em uma sociedade mais justa". O evento, que terá continuidade até o próximo dia 2, acontece em um hotel no bairro Coroa do Meio e é coordenado pela Central de Movimentos Populares (CMP-SE).

Segundo Donizete Fernandes de Oliveira, coordenador nacional da UNMP, o evento tem o objetivo de conscientizar o negro sobre sua posição nos grandes centros urbanos. “A população negra tende a ter as piores moradias na cena urbana pelo fato de ser excluída nos processos de emprego e educação. É necessário que essas questões venham a tona para que haja a inclusão do negro e a igualdade para todos”, afirma.

Ainda segundo o coordenador, a viabilidade econômica é uma pauta fundamental nas discussões de classe e etnia. “É comum entre os estudantes querer se deslocar para os grandes Estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, ao concluir o ensino médio. É preciso que se criem condições para que o jovem permaneça em suas cidades, se forme, trabalhe e possa construir e auxiliar a sociedade a partir de sua função”, diz.

Donizete Fernandes: identidade negra

Além da CMP, o II Encontro conta com o apoio do Projeto Jael Patrício de Lima, responsável pela construção de 150 casas populares e por estar à frente do movimento pela moradia no Brasil.

“Historicamente o litoral é um espaço para os ricos e o interior para as classes populares. E essa tendência tem crescido no Nordeste, já que as grandes construções estão se apropriando das praias nordestinas para erguer seus grandes centros comerciais e de entretenimento. O entendimento do jovem é de suma importância nesse sentido, para que essa cadeia seja quebrada”, salienta.

Donizete Fernandes destaca o papel da identidade negra para o reconhecimento do brasileiro. “Existe o dia da Consciência Negra, mas essa é uma data que ainda não é incorporada por todos. O brasileiro tem orgulho do samba e da culinária, que são de origem negra, mas tem dificuldade em aceitar outros traços culturais como a religião, por exemplo. Por isso esse Encontro é tão importante, para que não se percam esses elementos”, relata o coordenador.

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