Eis um ponto de luz que nasce Na musa que agora se canta Rogo as Uiaras franciscanas Que abrasada e docemente Reacendem em mim o engenho e a arte, Que sublimados em humildes metros Revelam a fantástica história do rio que virou santo? Ou do santo que virou rio? e objeto da arte. Rogo Apolo para que me ajude nesta empreitada E que nesta fúria ritmada possa erguer sua morada. Em meio aos chapadões, revestidos de verde e vida A mãe Natureza se revela e grita parecendo abraçar a vaguidade do mundo que num silêncio profundo, lá, se nos mostra erguida. São muitos os teus filhos, que na força e na raça, espantam num só grito a sombra que passa sob a face elevada da altiva nação. Guerreiros enérgicos, filhos das matas, recebem o presságio, das rasga-mortalhas que, alvissareiras, obumbram os céus a anunciarem um infortúnio de guerras no norte, Que ao serem sabidas pelos guerreiros valentes tornam-se almejadas em pensamentos frementes. E todos se vão em busca da luta Atrevidos, ríspidos, movidos à glória Já prélios incitam, já cantam vitória Deixando mulheres e filhos para trás. E em passos veementes, calcam a terra. E traçam a fenda num desenho de fera. Medrosos ficam os fracos filhos da terra deixados. Iati, índia destacada por sua beleza e graça, Noiva de forte guerreiro, tomada pela nuvem de saudade pelo seu amado Jorra lágrimas saudosas que resvalam por entre os dedos rochosos da chapada, Sinuosa e reluzente, estendendo-se ao infinito num desvario majestático Abarrotando o vale prensado, purificando a terra que passiva Recebia as águas sagradas provindas dos olhos simbólico-lendários da Iati Coberta de amor e saudades. Por Gustavo Aragão * Todos os direitos estão reservados ao autor perante a Lei de Direitos Autorais.
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